A condição pode causar inflamação em vários tecidos do corpo e atinge com mais frequência as crianças
A febre reumática é uma complicação rara que ocorre após uma infecção na garganta (geralmente, uma amidalite ou faringite) causada pela bactéria estreptococo, que tenha sido tratada de maneira inadequada.
Uma das grandes preocupações de quem é diagnosticado com a doença é se a febre reumática tem cura. Para obter a resposta a essa pergunta, recomendamos que você continue a leitura deste texto.
O que é a febre reumática?
A febre reumática é uma inflamação que atinge as articulações, o coração, a pele e diversas áreas do sistema nervoso. Geralmente, ela surge após um quadro de infecção de garganta (faringite ou amidalite) causada pela bactéria estreptococo que não foi tratada adequadamente ou que foi muito severa, debilitando o organismo.
A febre reumática tem cura?
Quem é diagnosticado com a doença sempre deseja saber, de imediato, se a febre reumática tem cura. Mas a resposta para essa pergunta é: não. A febre reumática não tem cura, mas os tratamentos podem controlar a condição.
Obter um diagnóstico preciso logo após o aparecimento dos sintomas pode evitar que a doença cause danos permanentes. Complicações graves são raras. Quando ocorrem, podem afetar o coração, as articulações, o sistema nervoso ou a pele.
A febre reumática pode voltar?
Além de procurar saber se a febre reumática tem cura, o paciente também tem a preocupação de se a doença pode voltar. A febre reumática pode voltar se o indivíduo tiver a infecção novamente.
Nesses casos, o médico especialista pode recomendar o uso de medicamentos antibióticos por anos ou possivelmente ao longo da vida. Esse tratamento é chamado de profilaxia antibiótica e visa prevenir outra infecção estreptocócica e impedir que a febre reumática volte.
A febre reumática acontece em surtos, com sintomas indo e voltando ao longo do tempo.
Sintomas e diagnóstico da febre reumática
Os sintomas da febre reumática geralmente aparecem de 1 a 5 semanas após uma infecção bacteriana na garganta e podem incluir:
- Febre;
- Dor e inchaço nas articulações, geralmente nos tornozelos, joelhos, punhos ou cotovelos;
- Dor no peito, falta de ar e batimentos cardíacos acelerados;
- Movimentos bruscos e incontroláveis em mãos, pés e rosto;
- Pequenas erupções na pele;
- Manchas avermelhadas nos braços e abdômen.
Não existe um teste único para diagnosticar a febre reumática. O diagnóstico é baseado no histórico médico, em um exame físico e em alguns exames, que incluem:
- Exames de sangue para verificar se há sinais de inflamação no corpo. Esses testes incluem proteína C-reativa (PCR) e velocidade de hemossedimentação (VHS), também chamada de “taxa de sed”;
- Eletrocardiograma para avaliar como o coração está batendo. Pode ajudar a diagnosticar batimentos cardíacos irregulares;
- Ecocardiograma para avaliar o coração em movimento. O exame mostra a estrutura do coração e como o sangue flui através dele.
Tratamento da febre reumática
Agora que já respondemos à pergunta se a febre reumática tem cura (e vimos que não), é hora de focar no tratamento, que é feito basicamente com o uso de antibióticos, analgésicos e, em alguns casos, corticosteroides. O objetivo dessas medicações é acabar com a infecção estreptocócica, reduzir as inflamações pelo corpo e prevenir que a infecção retorne.
Quanto tempo dura o tratamento da febre reumática?
A febre reumática é uma doença que exige um tratamento de longo prazo. No caso das crianças — público mais afetado pela doença —, se durante o surto ela não apresentou comprometimento do coração, o tratamento deverá ser feito até os 21 anos, ou por, no mínimo, cinco anos, no caso de a doença ter surgido na adolescência. Porém, se a criança apresentou cardite (inflamação no coração), ela poderá ter que seguir com o tratamento até os 25 anos ou por toda a vida, dependendo da gravidade do quadro.
Entre em contato com o Dr. Marcelo Pavan caso restou alguma dúvida sobre se a febre reumática tem cura ou deseje obter outras informações sobre a doença.
Fontes:
Ministério da Saúde
Sociedade Brasileira de Reumatologia
