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Algoneurodistrofia

Conheça mais sobre essa condição que causa dor intensa e como ela pode ser tratada

A algoneurodistrofia, também conhecida como síndrome da dor complexa locorregional, ou distrofia simpático-reflexa, é um distúrbio neurológico que afeta as articulações, causando dor severa que acomete uma extremidade do corpo. Seus principais sinais e sintomas são: edema (inchaço), aumento da sensibilidade ao frio e ao toque, sudorese, alteração de coloração da pele, redução de movimentos e a alodínia, descrita abaixo.

O distúrbio surge com mais frequência em pessoas jovens e estima-se que atinja de duas a três vezes mais mulheres do que homens. A algoneurodistrofia acomete, em geral, um dos pés, pernas, braços e mãos, sendo raros os casos em que dois membros sejam afetados.

Uma das características mais marcantes da algoneurodistrofia é a alodínia, definida como a dor que ocorre como resposta a um estímulo que, normalmente, não provocaria dor (dor sentida no corpo quando uma pessoa troca de roupa, por exemplo, ou dor ao escorrer água pelo membro); é uma alteração na forma como a pessoa sente dor.

Em algumas pessoas, os sinais e sintomas da algoneurodistrofia desaparecem sozinhos, enquanto em outras podem se prolongar por muito tempo – meses ou até mesmo anos.

O distúrbio pode se manifestar em duas fases:

  • Fase quente: a dor tende a aumentar ao final do dia e a inflamação provoca ardor, sensação de formigamento e cãibras;
  • Fase fria: a inflamação e o inchaço diminuem, e calor e a vermelhidão desaparecem. Apesar de ser mais difusa nessa fase, a dor continua sendo intensa.

Tipos de algoneurodistrofia

A algoneurodistrofia é classificada em dois grupos. São eles:

Grupo I

Este tipo de algoneurodistrofia é conhecido como síndrome de distrofia simpático reflexa (DSR) ou síndrome da dor complexa locorregional do tipo 1, e acomete cerca de 90% das pessoas com algoneurodistrofia. Surge, muitas vezes, depois de uma doença ou lesão que não comprometeu diretamente os nervos do membro afetado ou então surge sem uma causa nítida, parecendo vir espontaneamente.

Grupo II

Este tipo de algoneurodistrofia é conhecido como causalgia e, diferentemente do tipo I, é caracterizado por lesões que afetam os nervos.

Quais são as causas

Os mecanismos fisiopatológicos que estão na origem da algoneurodistrofia ainda são desconhecidos. No tipo 1, não há danos orgânicos ao sistema nervoso; entretanto, parece haver uma exacerbação dos mecanismos normais de reação tecidual diante de um estímulo doloroso.

A fisiopatologia aceita baseia-se na criação de um arco nervoso reflexo anômalo, que se espalha da periferia para o córtex cerebral com subsequente transmissão para a medula espinhal. A partir disso, surge um impulso do sistema nervoso simpático, que resulta em hiperestimulação da atividade simpática periférica, gerando uma resposta inflamatória neurovascular que causa dor.

Porém, o que se sabe é que a condição pode estar relacionada a uma fratura, luxação, lesões que foram produzidas por acidente, impacto forte ou golpe, acidente vascular cerebral (AVC) e infarto agudo do miocárdio, entre outros fatores, além de poder aparecer espontaneamente, sem nenhuma causa nitidamente aparente.

Outros fatores de risco potenciais têm sido apontados. São eles:

  • Genética: seu desenvolvimento pode ter relação com uma alteração nos genes;
  • Alterações psicológicas ou emocionais: depressão, perturbações emocionais e ansiedade podem facilitar o desenvolvimento da algoneurodistrofia;
  • Alterações no sistema nervoso central: algumas alterações no sistema nervoso causam um aumento de sensibilidade que pode aumentar a sensação de dor;
  • Alterações vasculares: podem levar a uma interrupção do fluxo sanguíneo nas pernas ou nos braços, desencadeando o processo neurológico;
  • Alterações do metabolismo: doenças como diabetes ou hipertireoidismo podem aumentar as chances de uma pessoa desenvolver a algoneurodistrofia;
  • Medicamentos: algumas medicações podem aumentar a dor ou acentuar a inflamação.

Qual o tratamento

O tratamento da algoneurodistrofia deve ser multidisciplinar, envolvendo diversas especialidades médicas. O foco das terapias está em acabar com a dor e recuperar a mobilidade do membro afetado.

Geralmente, são indicados:

Medicamentos

Na maioria dos casos de algoneurodistrofia, os medicamentos indicados são os analgésicos, que visam o combate da dor e alguns tipos específicos de antidepressivos e anticonvulsivantes que têm ação potente no controle de dor pelo sistema nervoso central. O tratamento com analgésicos opioides pode ser útil para determinados pacientes, de preferência por curto prazo. O objetivo do uso das medicações é aliviar a dor para que seja possível reabilitar o membro afetado.

Neuromodulação

Neste tipo de tratamento, o paciente é submetido a uma eletroestimulação da medula espinhal (por meio de implantes colocados na região) para redução da dor causada pela algoneurodistrofia.

Psicoterapia

Importante no processo de reabilitação, pois ajuda o paciente a lidar com as alterações emocionais, como a depressão e ansiedade que podem surgir em decorrência do quadro doloroso intenso e do impacto na qualidade de vida das pessoas.

Fisioterapia

É o tratamento principal. Deve ser iniciada assim que a algoneurodistrofia for diagnosticada para acelerar o processo de recuperação. O objetivo da fisioterapia no tratamento da algoneurodistrofia é recuperar a mobilidade e fortalecer a área afetada. A fisioterapia pode ajudar de muitas formas: com a movimentação da parte do corpo que apresenta dor, para evitar atrofia dos músculos, aumentar a amplitude do movimento e para diminuir a sensibilidade à dor, levando assim ao aumento da sensação de bem-estar.

Qual profissional procurar para o tratamento

O reumatologista é o médico habilitado para tratar a algoneurodistrofia. O Dr. Marcelo Pavan, reumatologista especializado pela Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo, realiza desde o diagnóstico até o tratamento e acompanhamento de diversas doenças reumatológicas, oferecendo um tratamento individualizado e humanizado para seus pacientes.

Entre em contato agora mesmo e agende sua consulta com o Dr. Marcelo Pavan.

Fontes:

Manual MSD

Revista Portuguesa de Ortopedia e Traumatologia

National Library Of Medicine

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