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Síndrome antifosfolípide

Mulheres com idade entre 20 e 50 anos são as mais acometidas pela doença, que interfere na coagulação sanguínea e aumenta o risco de trombose

A síndrome antifosfolípide ou síndrome do anticorpo antifosfolipídeo (SAAF) é uma doença autoimune caracterizada pela ocorrência de trombos nas artérias e veias. Os anticorpos antifosfolípides interferem na coagulação sanguínea ao atacar algumas proteínas que controlam esse processo.

O interrompimento do fluxo sanguíneo causado pela formação de coágulos pode trazer consequências mais sérias, como trombose venosa profunda (TVP), embolia pulmonar, acidente vascular encefálico (AVE) e perdas gestacionais recorrentes.

A síndrome antifosfolípide pode afetar pessoas do sexo masculino e feminino, mas é mais comum em mulheres com idade entre 20 e 50 anos. Além disso, a SAAF pode se manifestar de maneira isolada ou estar associada a outras doenças, sendo que o lúpus eritematoso sistêmico (LES) é a mais comum.

Quais as causas da síndrome antifosfolípide?

Como se trata de uma doença autoimune, a síndrome antifosfolípide ocorre quando o sistema imunológico produz anticorpos que atacam os fosfolípides, presentes nas células que revestem os vasos sanguíneos, deixando o sangue mais propenso à coagulação, o que facilita o desenvolvimento de tromboses.

Ainda não se sabe qual o motivo exato que faz o organismo produzir esses anticorpos, mas alguns fatores podem favorecer esse fenômeno, tais como:

  • Infecções;
  • Traumatismos;
  • Imobilidade prolongada em longas viagens;
  • Tabagismo;
  • Hiperlipidemia;
  • Doenças inflamatórias, como o lúpus, a artrite reumatoide, entre outras.

Sintomas da síndrome antifosfolípide

Os sintomas da SAF variam de acordo com o local acometido pela doença, mas os mais frequentes são:

  • Trombose venosa: são mais comuns nas veias dos membros inferiores mas qualquer outro vaso sanguíneo pode ser afetado. A trombose venosa profunda dos membros inferiores causa dor e inchaço na região da panturrilha e o desprendimento do coágulo pode provocar complicações mais graves, como a embolia pulmonar;
  • Trombose arterial: pode ocorrer em qualquer território arterial, levando a quadros de AVE (perda repentina da força de um ou mais membros, fala empastada, dificuldade de compreensão), ou dor intensa e gangrena de membros ou mesmo infarto do miocárdio;
  • Perdas fetais de repetição: os trombos podem levar a um quadro de insuficiência placentária, que pode causar abortos espontâneos sucessivos, principalmente entre os 3 e 6 meses de gravidez;
  • Restrição de crescimento do feto, pré eclâmpsia e eclâmpsia;
  • Plaquetopenia: baixa contagem de plaquetas, células do sangue responsáveis pela coagulação;
  • Livedo reticular: manchas na pele de aspecto marmóreo, principalmente nos membros inferiores e antebraços, que aumentam com o frio.

A síndrome antifosfolípide pode causar ainda problemas nos rins, problemas oculares e uma condição bastante rara denominada SAF catastrófica. Nela, ocorre a formação de ao menos três tromboses em locais diferentes em intervalos menores do que uma semana.

Como é o diagnóstico da síndrome antifosfolípide?

O diagnóstico da síndrome antifosfolípide envolve uma combinação de critérios clínicos e laboratoriais. Para isso, o médico analisa os sintomas relatados pelo paciente, como tromboses arteriais ou venosas, complicações gestacionais sem causa aparente, fatores de risco para trombose e doenças autoimunes associadas comprovadas por exames laboratoriais.

Já os critérios laboratoriais investigam se algum tipo de anticorpo antifosfolípide está presente na corrente sanguínea, como:

  • Anticoagulante lúpico (AL);
  • Anticardiolipina;
  • Anti beta2-glicoproteína 1.

Os exames para avaliar esses anticorpos devem ser feitos duas vezes em um intervalo mínimo de 12 semanas entre eles. Isso porque os níveis de algum deles podem ser alterados devido a uma infecção, por exemplo, e voltarem ao normal posteriormente. Se for constatada a presença de ao menos um anticorpo antifosfolípide associada à presença dos sintomas da síndrome antifosfolípide, o diagnóstico da doença é confirmado.

Opções de tratamento

A SAF é uma condição crônica que não tem cura, mas os tratamentos são capazes de prevenir a formação de coágulos e suas eventuais consequências, como a ocorrência de tromboses, abortamentos, doenças cardíacas e encefálicas.

Tantos os pacientes com diagnóstico de síndrome antifosfolípide ou aqueles com anticorpos positivos, mas sem manifestações clínicas, devem fazer o tratamento com o uso regular de anticoagulantes e manter uma rotina de acompanhamento médico com a realização de exames de sangue para adequar as doses dos medicamentos, caso seja necessário.

Desse modo, é possível ter uma vida completamente normal, apenas evitando alguns fatores de risco que contribuem para o aparecimento da trombose, como:

  • Obesidade;
  • Sedentarismo;
  • Diabetes;
  • Hipertensão arterial;
  • Tabagismo.

Mulheres com SAF e histórico de perda gestacional recorrente podem fazer o tratamento com medicamentos anticoagulantes durante a gravidez. Nesse caso, é de extrema importância o acompanhamento do reumatologista junto com o obstetra para reduzir as chances de complicações na gestação.

Qual profissional procurar

Como vimos, o diagnóstico da síndrome antifosfolípide pode ser complexo em algumas situações, uma vez que os sintomas podem ser confundidos com os de outras doenças reumatológicas. Além disso, o médico deve levar em consideração as particularidades de cada caso para indicar o tratamento mais eficaz e assim reduzir o risco das complicações citadas.

Desse modo, o reumatologista é o profissional mais qualificado para diagnosticar e tratar corretamente a SAF. O Dr. Marcelo Pavan é médico reumatologista formado e especializado pela Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo, além de ser membro titular da Sociedade Brasileira de Reumatologia.

Com ampla experiência na área, o especialista enxerga seu paciente como um todo, sem focar apenas em sua doença, para oferecer um atendimento personalizado com foco no bem-estar e qualidade de vida.

Entre em contato agora mesmo e agende sua consulta com o Dr. Marcelo Pavan.

Fontes:

Dr. Marcelo Pavan

Sociedade Brasileira de Reumatologia

Manual MSD

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