Pessoas portadoras desta condição possuem ligamentos mais distensíveis, capazes de se esticar além do normal sem se romper
A hipermobilidade articular é uma condição na qual as pessoas conseguem realizar movimentos com maior amplitude do que o normal nas articulações, principalmente nos dedos das mãos, cotovelos, ombros e joelhos. A hipermobilidade em si não é considerada uma doença e pode ser até um benefício para quem precisa executar determinados movimentos, caso de ginastas, artistas, dançarinos e esportistas.
Quando a pessoa tem hipermobilidade articular com a presença de sintomas e lesões, pode-se dizer que ela é portadora da síndrome de hipermobilidade. A causa da síndrome de hipermobilidade é a frouxidão dos ligamentos, o que explica a facilidade em executar certos movimentos, como colocar a palma das mãos no chão sem precisar flexionar os joelhos.
Pessoas diagnosticadas com hipermobilidade podem apresentar dores nas articulações e ter maior predisposição a sofrer lesões, como entorses, luxações e tendinites. Neste conteúdo, vamos conhecer as causas da síndrome de hipermobilidade, os cuidados a serem tomados e as formas de tratamento para a condição. Acompanhe!
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Quais as causas da síndrome de hipermobilidade?
As causas da síndrome de hipermobilidade não têm relação com o formato dos ossos e são basicamente genéticas, já que alterações nos genes relacionados à produção de colágeno deixam os ligamentos com características diferentes. Eles são hiperflexíveis e mais distensíveis, por isso conseguem se esticar muito sem se romper, facilitando a maior amplitude de movimentos.
Um fator que corrobora que as causas da síndrome de hipermobilidade são genéticas é que quando um dos pais apresenta a hipermobilidade articular, há grande probabilidade de os filhos também serem portadores da condição.
O tônus muscular reduzido também contribui para a síndrome de hipermobilidade, pois quando os músculos estão mais relaxados, a flexibilidade é maior. Além disso, quando a propriocepção (senso de movimento das articulações) não é boa, as pessoas têm dificuldades em perceber a posição da articulação sem olhar.
A quem ela acomete
A síndrome de hipermobilidade acomete mais mulheres do que homens, principalmente crianças e adolescentes, já que a tendência é que as fibras de colágeno se tornem menos elásticas com o passar dos anos, o que diminui a flexibilidade dos movimentos.
Portadores de algumas doenças raras e hereditárias que enfraquecem os tecidos conjuntivos também podem ter uma mobilidade articular acima do normal, entre elas a síndrome de Ehlers-Danlos e síndrome de Down.
Como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico é relativamente simples, baseado no relato do paciente para verificar se há dor articular e recorrência de lesões.
O exame físico feito pelo médico permite avaliar se há aumento da flexibilidade nas articulações das mãos, dedos, cotovelos, joelhos e ombros. Certos movimentos executados acima do limite considerado normal podem apontar a hipermobilidade, entre eles:
- Encostar o dedo polegar no antebraço;
- Colocar as palmas das mãos no chão em pé sem dobrar os joelhos;
- Dobrar o dedo mínimo para trás em um ângulo maior que 90º;
- Dobrar joelhos e cotovelos para trás.
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Existe tratamento para a síndrome de hipermobilidade?
Como as causas da síndrome de hipermobilidade são genéticas, não é possível prevenir e nem curar a condição, mas é possível controlar os sintomas e evitar complicações, como lesões.
O tratamento é individualizado, baseado no quadro clínico e sintomas apresentados pelos pacientes. Para aliviar as dores, podem ser indicados medicamentos analgésicos e prática de exercícios orientados por um médico.
Os exercícios de fortalecimento muscular orientados por um fisioterapeuta são importantes até mesmo para os portadores da hipermobilidade articular assintomática. Esta prática é recomendada porque os ligamentos frouxos não executam corretamente sua função de manter a articulação no lugar, o que aumenta o risco de lesões. Quando os músculos ao redor da articulação estão mais firmes e fortes, eles podem fazer essa função.
Para saber mais informações sobre as causas da síndrome de hipermobilidade, entre em contato e agende sua consulta com o Dr. Marcelo Pavan.
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Fontes: