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Como é a dor da espondilite anquilosante?

Imagem meramente ilustrativa (Banco de imagens: Shutterstock)
Por: Publicado em 15/04/2022
4 min. de leitura

Dor da espondilite anquilosante acomete a coluna lombar e demanda diagnóstico correto para início do tratamento, o que previne piora dos sintomas e complicações no quadro

A dor da espondilite anquilosante pode ser confundida com outras dores da coluna lombar, adiando o diagnóstico da condição e retardando o início apropriado do tratamento, o que pode agravar o quadro e provocar sequelas.

Saber como diferenciar a dor da espondilite anquilosante das demais, entendendo o que é essa patologia e suas consequências de longo prazo é fundamental para buscar auxílio médico especializado.

O que é espondilite anquilosante?

A espondilite anquilosante consiste em uma doença reumática sistêmica, autoimune, inflamatória e crônica. O termo espondilite refere-se à inflamação da coluna, enquanto anquilosante significa fusão ou solda.

Nessa patologia, o sistema imunológico ataca os tecidos da coluna, causando uma reação no local que é responsável pela dor da espondilite anquilosante. Com o tempo, os ligamentos tornam-se mais rígidos e pode ocorrer a ossificação, de forma que as juntas dos ossos fiquem fundidas, comprometendo ainda mais a mobilidade e flexibilidade do paciente.

A doença acomete mais homens, entre 20 e 40 anos, e não tem cura, apenas controle dos sintomas e da progressão. Com os medicamentos modernos é possível levar uma vida completamente normal.

Apesar de as causas da espondilite anquilosante não serem completamente conhecidas, estudos indicam influência genética, sendo que 90% dos pacientes brancos do hemisfério norte com a condição testam positivo para presença do gene HLA-B27. No Brasil, entre 50 e 60% dos pacientes têm esse gene.

Dor da espondilite anquilosante: como identificar e diferenciar?

Os primeiros sintomas da doença incluem a dor da espondilite anquilosante na região lombar com persistência por mais de três meses, relacionada com rigidez da coluna pela manhã. A dor é intensificada pelo repouso e ameniza com movimentos leves, como caminhadas, alongamentos e, às vezes, exercícios físicos.

Também é possível ter dor nas nádegas, com as mesmas características da dor lombar, e que muitas vezes alterna de lado. As colunas cervical e torácica podem ser acometidas igualmente, embora isso seja mais incomum.

Os sintomas e a dor da espondilite anquilosante podem ser intermitentes, com períodos de melhora ou piora sem causa aparente.

Com a progressão da doença, o paciente começa a perder a mobilidade da coluna, que se torna mais enrijecida, e pode ocorrer o prejuízo da expansão dos pulmões e aumento da curvatura dorsal.

Em alguns períodos, quando o quadro inflamatório da coluna lombar piora, o paciente pode sentir sintomas associados, como cansaço e perda de apetite, que podem evoluir para uma anemia.

A inflamação pode acometer também as costelas e a coluna vertebral; nesse caso, a dor da espondilite anquilosante irradia para o tórax, principalmente ao respirar fundo.

A dor da espondilite anquilosante pode acometer outras articulações e tendões, como quadril, ombros, joelhos, calcanhar, planta dos pés, tendão de Aquiles, tendão do quadríceps. Conforme a patologia progride, a dor tende a ficar mais intensa.

Como amenizar os sintomas da espondilite anquilosante?

A doença não tem cura, mas a dor da espondilite anquilosante e demais sintomas podem ser vencidos com um tratamento precoce apropriado.

O uso de medicamentos como anti-inflamatórios, analgésicos e relaxantes musculares é uma opção para aliviar a dor da espondilite anquilosante, conforme orientação médica. Os anti-inflamatórios inclusive são medicamentos usados para o tratamento da doença, não somente para alívio dos sintomas.

Os medicamentos imunossupressores, biológicos ou sintéticos convencionais, também são bastante utilizados, com resultados muito bons em controlar a doença e garantir a manutenção da função e da qualidade de vida a longo prazo.

As sessões de fisioterapia e a prática regular de atividades físicas contribuem para a preservação da flexibilidade e mobilidade da coluna, fortalecimento muscular e melhora da capacidade respiratória.

Alguns pacientes com espondilite anquilosante podem ser candidatos a intervenções cirúrgicas de coluna lombar ou de substituição da articulação do quadril, melhorando as dores e a mobilidade.

Além desses tratamentos contra a dor da espondilite anquilosante, também são recomendados cuidados como:

  • Ter uma alimentação balanceada para prevenir o ganho de peso;
  • Realizar exercícios posturais e respiratórios regularmente;
  • Manter a postura ereta;
  • Escolher um bom colchão, que seja firme, para dar estabilidade à coluna durante à noite.

Mesmo com essas recomendações, o diagnóstico, tratamento e acompanhamento de um médico especialista são etapas fundamentais na qualidade de vida do paciente.

Qual a importância do diagnóstico da espondilite anquilosante?

O diagnóstico precoce da espondilite anquilosante é fundamental para manutenção da saúde e qualidade de vida do paciente, uma vez que em casos mais graves outras condições podem se manifestar, como:

  • Lesões nos olhos (uveíte);
  • Doença cardíaca espondilítica;
  • Fibrose pulmonar;
  • Colite ulcerativa nos intestinos;
  • Psoríase na pele.

Além disso, o avanço da doença resulta na intensificação da dor da espondilite anquilosante, podendo comprometer a qualidade de vida do paciente, sua mobilidade e quadro geral de saúde.

Agende uma consulta com o reumatologista Dr. Marcelo Pavan e tire todas as suas dúvidas acerca dos tratamentos para espondilite anquilosante.

Fontes

Sociedade Brasileira de Reumatologia

Fiocruz

Novartis

Manual MSD

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