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Diagnóstico da síndrome de hipermobilidade

Imagem meramente ilustrativa (Banco de imagens: Shutterstock)
Por: Publicado em 17/04/2024
3 min. de leitura

Condição benigna é mais comum em crianças e jovens. Saiba como é diagnosticada.

A síndrome de hipermobilidade é uma condição na qual as articulações são muito flexíveis, o que pode causar dores articulares em qualquer parte do corpo. Pessoas que apresentam essa condição podem se estender, flexionar ou girar suas articulações além dos limites considerados normais.

Normalmente, as articulações são frouxas e elásticas porque os ligamentos que deveriam torná-las mais fortes e apoiá-las são mais maleáveis. Isso ocorre devido a uma alteração na produção de colágeno pelo organismo.

Os principais sinais e sintomas que podem indicar que uma pessoa tem síndrome de hipermobilidade são: sensação de cansaço mais intenso após os esforços; dor e rigidez nas articulações ou músculos; propensão a entorses e tensões; deslocamentos frequentes das articulações; falta de equilíbrio ou coordenação; pele fina e elástica.

Geralmente, a síndrome afeta crianças e jovens e costuma melhorar à medida que a pessoa envelhece. No texto a seguir, saiba quais os fatores de risco e como é feito o diagnóstico da síndrome de hipermobilidade.

Quais os fatores de risco para a síndrome de hipermobilidade?

Os principais fatores de risco envolvidos na síndrome de hipermobilidade incluem:

  • Genética: alterações na produção de colágeno podem estar envolvidas na síndrome de hipermobilidade, ou seja, quando um dos pais recebe o diagnóstico da síndrome de hipermobilidade, há grande probabilidade de os filhos também serem portadores da condição. Isso acontece, por exemplo, na síndrome de Ehlers-Danlos;
  • Sexo: mulheres são mais propensas que os homens a terem hipermobilidade;
  • Idade: a síndrome de hipermobilidade é mais comum em crianças e adolescentes – no entanto, em alguns casos, persiste na idade adulta;
  • Pessoas com síndrome de Down são mais propensas a ter as articulações mais frouxas;
  • Tônus muscular reduzido: quando os músculos estão mais relaxados, a flexibilidade articular é maior.

Como é feito o diagnóstico da síndrome de hipermobilidade?

O diagnóstico da síndrome de hipermobilidade é clínico, realizado a partir da história clínica do paciente e do exame físico. Não existem exames laboratoriais ou de imagens que possam ajudar no diagnóstico da síndrome de hipermobilidade.

O exame físico feito pelo médico permite avaliar se há aumento da flexibilidade nas articulações de mãos, dedos, cotovelos, joelhos e ombros. Certos movimentos executados acima do limite considerado normal podem apontar a hipermobilidade, entre os quais:

  • Encostar o dedo polegar no antebraço;
  • Colocar as palmas das mãos no chão, em pé, sem dobrar os joelhos;
  • Dobrar o dedo mínimo para trás em um ângulo maior que 90°;
  • Dobrar joelhos e cotovelos para trás.

Qual profissional procurar para o tratamento?

Não há cura para a síndrome de hipermobilidade. O principal tratamento visa melhorar a força muscular e o condicionamento físico para que as articulações estejam mais protegidas.

Ao surgirem sinais indicativos da condição, é recomendado que o paciente busque ajuda de um reumatologista, especialista em problemas que acometem as articulações. É esse profissional que pode fazer o diagnóstico da síndrome de hipermobilidade e indicar o tratamento correto. Em geral, o tratamento é multidisciplinar e envolve um fisioterapeuta ou terapeuta ocupacional. O objetivo do tratamento é:

  • Reduzir a dor e o risco de luxações;
  • Melhorar a força muscular e aptidão física;
  • Melhorar a postura e o equilíbrio.

Além disso, o especialista pode indicar o uso de analgésicos e compressas quentes nas articulações doloridas.

O Dr. Marcelo Pavan é reumatologista membro da Sociedade Brasileira de Reumatologia, especializado no diagnóstico da síndrome de hipermobilidade e no tratamento da condição.

Fontes:

Cleveland Clinic

Hypermobility Syndromes Association

Dr. Marcelo Pavan

Sociedade Brasileira de Pediatria

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