Diagnóstico da síndrome do túnel do carpo: como é feito?
O diagnóstico adequado da condição é fundamental para iniciar um tratamento e prevenir danos permanentes à qualidade de vida do paciente
A síndrome do túnel do carpo é uma condição médica caracterizada pela compressão do nervo mediano no punho, dentro de um espaço anatômico conhecido como túnel do carpo. Esse nervo é responsável pela sensação e movimento de parte da mão, e sua compressão pode causar sintomas, como dor, dormência, formigamento e fraqueza nas mãos e dedos.
A síndrome é frequentemente associada a atividades repetitivas, postura inadequada ou condições de saúde preexistentes, como diabetes ou artrite. O diagnóstico da síndrome do túnel do carpo deve ser feito o mais precocemente possível, de modo a prevenir danos permanentes ao nervo e melhorar a qualidade de vida dos pacientes. Saiba mais a seguir.
Quais são os principais sintomas?
O diagnóstico da síndrome do túnel do carpo é frequentemente baseado nos sintomas relatados pelos pacientes, que geralmente incluem:
- Dor no punho, mãos ou dedos;
- Formigamento nas mãos, especialmente no polegar, indicador e dedo médio;
- Dormência nas mãos, geralmente pronunciada à noite;
- Fraqueza nas mãos, dificultando a pegada de objetos;
- Sensação de inchaço ou pressão no punho;
- Dor irradiando para o antebraço ou braço;
- Dificuldade em realizar tarefas manuais, como digitar ou segurar objetos por muito tempo;
- Perda de sensibilidade nas extremidades dos dedos.
A gravidade dos sintomas pode variar e, em casos avançados, pode ocorrer perda de sensibilidade e função da mão, tornando o diagnóstico da síndrome do túnel do carpo essencial para iniciar o tratamento adequado e prevenir complicações.
Como é realizado o diagnóstico da síndrome do túnel do carpo?
O diagnóstico da síndrome do túnel do carpo é feito a partir de uma combinação entre avaliação clínica do paciente e realização de testes específicos. Inicialmente, o médico coleta informações sobre os sintomas apresentados e avalia os fatores de risco, como diabetes, artrite ou lesões anteriores no punho.
Em seguida, o médico realiza uma série de testes manuais para verificar a presença de sintomas típicos. Alguns testes que auxiliam no diagnóstico da síndrome do túnel do carpo são:
- Teste de Tinel: técnica que consiste em aplicar pressão ou percussão suave sobre a região do túnel do carpo, de modo a verificar se isso provoca formigamento, choque ou dor nos dedos;
- Teste de Phalen: o paciente mantém os punhos flexionados por cerca de 30 a 60 segundos, observando se os sintomas aparecem ou pioram;
- Exames de condução nervosa (ou eletromiografia): avalia a velocidade e a eficiência com que os sinais elétricos são transmitidos ao longo do nervo mediano.
Em alguns casos, exames de imagem como a ultrassonografia ou a ressonância magnética podem ser usados para avaliar a anatomia do túnel do carpo e verificar se há outras condições que possam estar contribuindo para os sintomas. O diagnóstico da síndrome do túnel do carpo é essencial para iniciar o tratamento adequado, que pode variar de mudanças no estilo de vida a intervenções cirúrgicas, dependendo da gravidade da condição.
Qual profissional procurar para o diagnóstico da síndrome do túnel do carpo?
Para o diagnóstico da síndrome do túnel do carpo, o profissional mais indicado é um médico ortopedista ou um médico reumatologista. Ambos os profissionais têm conhecimento específico e aprofundado em condições musculoesqueléticas e nervosas, e estão aptos a realizar uma avaliação clínica, além de solicitar exames complementares.
Em alguns casos, um neurologista também pode ser procurado, pois é especializado em distúrbios do sistema nervoso, incluindo problemas como a compressão do nervo mediano, que é a causa principal da síndrome do túnel do carpo.
Quais são as opções de tratamento para essa condição?
O tratamento da síndrome do túnel do carpo varia de acordo com a gravidade dos sintomas e a resposta individual apresentada pelo paciente. Em casos leves a moderados, é possível aliviar os sintomas e melhorar a função da mão a partir de metodologias conservadoras, como uso de órteses, fisioterapia, medicamentos específicos e redução da realização de movimentos repetitivos.
Em casos mais graves ou nos quais o tratamento conservador não foi capaz de trazer alívio ao paciente, a cirurgia para liberação do túnel do carpo pode ser recomendada. O procedimento geralmente é realizado a partir de técnicas minimamente invasivas, podendo ser executada em regime ambulatorial.
O Dr. Marcelo Pavan é reumatologista, membro da Sociedade Brasileira de Reumatologia e especializado, entre outras coisas, no diagnóstico da síndrome do túnel do carpo e tratamento individualizado da condição. O especialista oferece atendimento humanizado, ensinando o paciente a lidar com a alteração e prevenir complicações.
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Fontes:
Manual MSD;
Sociedade Brasileira de Reumatologia.