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Esclerodermia cutânea: causas, sintomas, diagnóstico e tratamento

Imagem meramente ilustrativa (Banco de imagens: Shutterstock)
Por: Publicado em 15/03/2025
6 min. de leitura

A esclerodermia cutânea é uma doença autoimune caracterizada pelo endurecimento e espessamento da pele, devido à produção excessiva de colágeno

A esclerodermia diz respeito a um grupo de doenças autoimunes que afeta o tecido conjuntivo do paciente, levando a alterações na pele e em outros órgãos do corpo. Essas condições podem causar uma série de manifestações clínicas, variando de sinais cutâneos a complicações mais graves nos órgãos internos.

A doença tem um impacto significativo na qualidade de vida dos pacientes, tanto pelo seu caráter crônico quanto pelos desafios relacionados ao controle dos sintomas e à progressão das complicações. Trata-se de um distúrbio ainda pouco compreendido, mas que pode ser devidamente controlado a partir de cuidados específicos que garantem qualidade de vida ao paciente.

O que é a esclerodermia cutânea?

A esclerodermia cutânea é uma forma de esclerodermia que afeta principalmente a pele, causando seu endurecimento e espessamento devido à produção excessiva de colágeno. Esse processo pode levar à perda de elasticidade da pele, tornando-a rígida e dificultando os movimentos, especialmente nas mãos, dedos e rosto.

Além dos sintomas cutâneos, em alguns casos, a esclerodermia cutânea pode envolver outras áreas do corpo, como os músculos, articulações e órgãos internos, como pulmões e trato digestivo, afetando sua função. A doença pode variar em gravidade, e o tratamento é focado no controle dos sintomas e na prevenção de complicações.

Causas da esclerodermia cutânea

As causas exatas da esclerodermia cutânea ainda não são completamente compreendidas, mas acredita-se que a doença seja resultado de uma combinação de fatores genéticos, ambientais e imunológicos. A predisposição genética desempenha um papel importante, já que a esclerodermia é mais comum em pessoas com histórico familiar de doenças autoimunes.

Além disso, a esclerodermia é uma doença autoimune, o que significa que o sistema imunológico do corpo ataca de forma equivocada os próprios tecidos. Nesse caso, o sistema imunológico estimula a produção excessiva de colágeno, levando ao endurecimento e espessamento da pele.

Por fim, a exposição a certos fatores ambientais, como substâncias tóxicas (por exemplo, sílica e solventes), infecções virais ou trauma físico, pode desencadear ou agravar a condição em pessoas geneticamente predispostas. Embora esses fatores estejam associados ao desenvolvimento da doença, a combinação exata e a interação entre eles ainda estão sendo investigadas. A esclerodermia cutânea, portanto, é uma condição complexa e multifatorial.

Sintomas da esclerodermia cutânea

Os sintomas da esclerodermia cutânea variam de acordo com a gravidade da doença, mas geralmente envolvem alterações na pele e, em alguns casos, em outros órgãos. Entre os principais sintomas, estão:

  • Endurecimento e espessamento da pele;
  • Fenômeno de Raynaud, uma condição em que as extremidades, como dedos das mãos e pés, ficam pálidas, azuis ou roxas devido à constrição dos vasos sanguíneos;
  • Alterações nas unhas, que podem se tornar frágeis, com crescimento irregular ou até com aparência de "retração" nas extremidades dos dedos;
  • Aparecimento de manchas ou cicatrizes na pele;
  • Dificuldade de movimentos como abrir as mãos ou mover os dedos;
  • Dor, rigidez e inchaço nas articulações, principalmente nas mãos, dedos e outras articulações próximas às áreas de pele endurecida.

Esses sintomas podem variar de leve a grave e podem se desenvolver ao longo do tempo. Em casos mais avançados, a esclerodermia cutânea pode afetar órgãos internos, fazendo com que apareçam sintomas digestivos e outras manifestações.

Diagnóstico da esclerodermia cutânea

O diagnóstico da esclerodermia cutânea começa com uma avaliação clínica, na qual o médico observa os sintomas, como o endurecimento da pele nas mãos, dedos e rosto. Exames de sangue podem ser feitos para detectar anticorpos específicos relacionados à doença, como o FAN e anticorpos anti-Scl-70.

Em alguns casos, exames de imagem como radiografias ou tomografias podem ser solicitados para verificar se a doença afetou os pulmões ou o coração. Se necessário, pode-se realizar uma biópsia de pele para confirmar o diagnóstico. O diagnóstico também pode incluir testes adicionais para avaliar a função de órgãos internos, como o trato digestivo ou os pulmões, se houver sinais de complicação.

Tratamento da esclerodermia cutânea

O tratamento da esclerodermia cutânea visa aliviar os sintomas, controlar a progressão da doença e prevenir complicações. Como não há cura para a condição, o foco é melhorar a qualidade de vida do paciente. As opções de tratamento incluem:

  • Uso de medicamentos imunossupressores;
  • Administração de corticosteroides;
  • Fisioterapia e terapia ocupacional;
  • Adoção de uma rotina de cuidados com a pele;
  • Tratamento das complicações aos órgãos internos, nos casos mais graves.

O tratamento deve ser sempre personalizado e ajustado conforme a gravidade da doença e a resposta do paciente. O acompanhamento regular com o reumatologista é essencial para monitorar a evolução da doença e ajustar as terapias.

Prevenção da esclerodermia cutânea

Não há métodos comprovados para prevenir a esclerodermia cutânea, já que suas causas exatas envolvem fatores genéticos e autoimunes, que não podem ser controlados diretamente. No entanto, algumas medidas podem ajudar a minimizar os fatores de risco ou a redução de complicações. São eles:

  • Evitar exposição a substâncias tóxicas;
  • Gerenciar o estresse, na medida do possível;
  • Passar por acompanhamento médico regular para garantir o diagnóstico precoce e manejo adequado dos sintomas.

Embora não seja possível evitar o desenvolvimento da esclerodermia cutânea, essas práticas podem ajudar a diminuir os impactos da doença ou a detectar precocemente a condição.

Entre em contato e agende uma consulta com o Dr. Marcelo Pavan para saber mais sobre a condição.

Fontes:

Sociedade Brasileira de Reumatologia;

Manual MSD.

Autor: Dr. Marcelo Pavan Paiva

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