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Esclerodermia localizada: causas, sintomas, diagnóstico e tratamento

Imagem meramente ilustrativa (Banco de imagens: Shutterstock)
Por: Publicado em 20/03/2025
6 min. de leitura

Esclerodermia localizada: causas, sintomas, diagnóstico e tratamento
A esclerodermia localizada é uma condição autoimune rara que causa o endurecimento e espessamento da pele

A esclerodermia localizada é uma condição que, embora rara, demanda atenção por parte da comunidade médica e do público em geral devido aos impactos e desafios que ela representa. O comportamento imprevisível da doença e a variabilidade nas manifestações tornam o diagnóstico e o tratamento particularmente complexos.

Além disso, o impacto emocional e psicológico da esclerodermia localizada requer cuidados específicos. Isso porque muitos pacientes afetados pela condição enfrentam não só as dificuldades físicas, mas também o estigma social e a ansiedade gerada pela aparência alterada da pele. Entenda melhor sobre o assunto a seguir!

O que é a esclerodermia localizada?

A esclerodermia localizada é uma condição autoimune rara que afeta principalmente a pele, levando ao espessamento e endurecimento dos tecidos devido à produção excessiva de colágeno. Diferentemente da esclerodermia sistêmica, que pode afetar órgãos internos, a forma localizada geralmente limita-se à pele e, em alguns casos, pode envolver os músculos ou ossos subjacentes.

Existem duas formas principais de esclerodermia localizada: a morfeia e a esclerodermia linear. A primeira é caracterizada pela presença de áreas arredondadas ou ovais de pele endurecida, enquanto a forma linear pode levar a uma faixa estreita de pele espessada, muitas vezes afetando braços ou pernas.

Causas da esclerodermia localizada

As causas exatas da esclerodermia localizada ainda não são completamente compreendidas, mas acredita-se que vários fatores possam contribuir para o seu desenvolvimento. A condição é considerada uma doença autoimune, o que significa que o sistema imunológico do corpo ataca erroneamente os tecidos saudáveis, levando à produção excessiva de colágeno. Esse colágeno em excesso resulta no endurecimento e espessamento da pele, característica principal da esclerodermia localizada.

Fatores genéticos são frequentemente apontados como um possível fator de risco, pois a condição pode ocorrer com maior frequência em pessoas com histórico familiar de doenças autoimunes. Além disso, fatores ambientais, como infecções virais ou exposição a substâncias tóxicas, também podem desempenhar um papel no desencadeamento da doença, embora ainda não haja uma confirmação definitiva sobre esses gatilhos.

Alterações hormonais, como aquelas que ocorrem durante a puberdade ou gravidez, podem, em alguns casos, estar associadas ao surgimento ou agravamento da condição. Apesar das evidências sobre esses fatores, a esclerodermia localizada permanece sendo uma doença com uma etiologia complexa e multifatorial, que ainda está sendo estudada para melhor compreensão e manejo.

Sintomas da esclerodermia localizada

Os sintomas da esclerodermia localizada podem variar de acordo com o tipo e da extensão das lesões na pele. A manifestação mais comum da doença é o endurecimento da pele, que ocorre devido ao acúmulo excessivo de colágeno nos tecidos afetados. Os sintomas podem se desenvolver gradualmente e incluem:

  • Endurecimento e espessamento da pele;
  • Lesões em placas de pele endurecida;
  • Alterações na textura da pele;
  • Dores ou sensação de queimação nas áreas endurecidas;
  • Variações de cor na pele;
  • Rigidez nas articulações ou perda de mobilidade na região afetada.

Os sintomas da esclerodermia localizada podem se desenvolver de forma gradual e, em muitos casos, não causam dor significativa. O impacto da condição pode ser mais notável em termos de aparência estética e funcionalidade, especialmente em áreas do corpo mais visíveis ou que influenciam o movimento.

Diagnóstico da esclerodermia localizada

O diagnóstico da esclerodermia localizada é feito principalmente por meio da avaliação clínica, na qual o médico observa as características das lesões na pele e avalia o histórico do paciente. Além disso, alguns exames complementares podem ser realizados para confirmar o diagnóstico e excluir outras condições que possam ter sintomas semelhantes.

Em muitos casos, uma biópsia da área afetada é realizada para confirmar o diagnóstico. O exame histopatológico pode mostrar a presença de colágeno em excesso, o que é característico da esclerodermia, além de alterações nas camadas da pele. Caso haja envolvimento de estruturas mais profundas, como músculos ou ossos, exames de imagem, como raios-X, ultrassonografia ou ressonância magnética podem ser usados para avaliar a extensão das alterações e descartar complicações.

Tratamento da esclerodermia localizada

O tratamento da esclerodermia localizada é focado principalmente no controle dos sintomas, melhoria da qualidade de vida do paciente e minimizar a progressão da doença. Embora não exista uma cura definitiva para a condição, várias abordagens terapêuticas podem ser adotadas, dependendo da gravidade das lesões e da área afetada.

O tratamento pode incluir:

  • Uso de medicamentos, como corticosteroides tópicos, imunossupressores e retinóides;
  • Terapias físicas e ocupacionais, como fisioterapia e métodos de reabilitação;
  • Uso de cremes hidratantes e emolientes para manter a pele hidratada e prevenir o ressecamento, que pode piorar o endurecimento da pele;
  • Tratamentos de fototerapia;
  • Em casos específicos, procedimentos cirúrgicos para corrigir deformidades ou liberar a tensão na pele.

O tratamento da esclerodermia localizada deve ser sempre personalizado, considerando a forma da doença, a área afetada e a gravidade dos sintomas. O acompanhamento médico regular é essencial para ajustar as terapias conforme necessário e monitorar a evolução da doença.

Prevenção da esclerodermia localizada

Atualmente, não existem métodos comprovados para prevenir a esclerodermia localizada, pois a condição tem causas multifatoriais e que ainda não são completamente compreendidas. Algumas abordagens, entretanto, podem ser úteis para garantir que a condição seja devidamente controlada, reduzindo o risco de agravamento.

A detecção precoce é um dos principais cuidados que ajudam a controlar a progressão da doença. Consultar um médico ao notar os primeiros sinais de alterações na pele, como endurecimento ou manchas, pode facilitar um diagnóstico precoce e o início de um tratamento eficaz, o que pode minimizar o impacto da condição.

Além disso, é recomendado evitar a exposição a infecções virais, produtos químicos e estresse. Uma alimentação equilibrada, rica em nutrientes que favorecem a saúde da pele, além de hábitos saudáveis, como a prática regular de exercícios e o sono adequado, também podem contribuir para o bem-estar geral e fortalecer o sistema imunológico. Tudo isso pode ajudar no manejo de doenças autoimunes como a esclerodermia localizada.

Para saber mais sobre o assunto, entre em contato e agende uma consulta com o reumatologista Dr. Marcelo Pavan.

Fontes:

Sociedade Brasileira de Reumatologia;

Rede D’Or São Luiz.

Autor: Dr. Marcelo Pavan Paiva

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