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Fator antinuclear (FAN): o que significa o resultado positivo?

Imagem meramente ilustrativa (Banco de imagens: Shutterstock)
Por: Publicado em 11/09/2024

Exame que identifica anticorpos no sangue auxilia no diagnóstico de diversas doenças autoimunes

Cerca de 8% da população mundial é afetada por doenças autoimunes, doenças nas quais o sistema imunológico ataca o próprio organismo por não conseguir diferenciar potenciais ameaças das próprias estruturas do corpo humano.

Apesar de não haver cura, o diagnóstico precoce é fundamental para o controle da doença e a melhora da qualidade de vida do paciente com o tratamento mais adequado. Um dos exames utilizados para detectar a presença de um determinado tipo de autoanticorpo na corrente sanguínea é o fator antinuclear (FAN), um instrumento importante para auxiliar no diagnóstico de diversas doenças autoimunes.

Em caso de dúvidas, marque uma consulta com o reumatologista Dr. Marcelo Pavan

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O que é fator antinuclear (FAN)?

O fator antinuclear, ou anticorpo antinuclear (ANA), refere-se a um grupo de anticorpos que atuam contra as células do próprio organismo, os chamados autoanticorpos. Portanto, o exame FAN permite identificar a presença desses anticorpos que estão relacionados a determinadas doenças autoimunes.

Quais doenças podem ser identificadas pelo exame FAN?

Algumas doenças reumatológicas autoimunes têm um diagnóstico desafiador por apresentarem sintomas variados que podem ser confundidos com outras patologias. Nesse sentido, o fator antinuclear é recomendado para ajudar na investigação em casos de suspeita de, dentre muitas outras doenças:

  • Lúpus eritematoso sistêmico (LES): doença inflamatória que atinge a pele, as articulações, os rins, pulmões, sistema nervoso central, principalmente, mas que pode acometer virtualmente qualquer órgão ou sistema, causando dores articulares, febre e manchas na pele, dentre muitos outros sintomas;
  • Esclerose sistêmica: o aumento na produção de colágeno provoca o endurecimento progressivo de pele, lesões em vasos sanguíneos e órgãos internos;
  • Doença de Sjögren: inflamação que ataca as glândulas salivares e lacrimais, ocasionando secura excessiva na região dos olhos e boca, por exemplo;
  • Artrite reumatoide: inflamação que afeta as articulações, causando dor, inchaço e vermelhidão nessas regiões;
  • Dermatomiosite: doença que afeta o tecido conjuntivo e provoca sintomas como fraqueza muscular e lesões na pele.

Como o exame FAN é realizado?

O fator antinuclear é feito a partir de uma amostra de sangue enviada ao laboratório para análise. Para identificar os anticorpos antinucleares, é adicionado um corante fluorescente ao sangue para verificar o padrão de reação às células observadas no microscópio. Caso haja a presença de autoanticorpos, estes se fixam às células, deixando-as fluorescentes.

Existem mais de 20 tipos de anticorpos antinucleares, sendo que cada um ataca uma estrutura celular específica, o que auxilia a determinar o tipo de doença autoimune.

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FAN positivo: o que significa esse resultado?

O resultado do exame fator antinuclear pode ser interpretado de duas formas:

  • Não reagente ou negativo, quando o resultado apresenta positividade em diluição menor que 1/80;
  • Reagente ou positivo fraco (também chamado de positivo “em baixo título”) quando o resultado apresenta 1/80, 1/160;
  • Reagente ou positivo moderado (o mesmo que “em moderado título”) quando o resultado apresenta 1/320;
  • Reagente ou positivo forte (ou seja, “em alto título”) quando o resultado apresenta 1/640 ou maior.

Um resultado de FAN positivo não significa a presença de doença autoimune, uma vez que entre 20% e 30% da população saudável apresenta o fator antinuclear positivo, até mesmo em altos títulos.

Nesses casos, um médico especialista e experiente deve interpretar o exame levando em consideração também os sintomas do paciente, outros exames complementares e a observação do padrão de positividade, baseado na fluorescência vista no microscópio. O padrão muitas vezes é bem mais relevante do que o título, inclusive. Os padrões mais comuns incluem:

  • Nuclear homogêneo: bastante relacionado a lúpus eritematoso sistêmico;
  • Nuclear pontilhado fino: pode indicar doença de Sjögren ou lúpus, embora esteja presente em grande número na população saudável;
  • Nuclear pontilhado grosso: pode indicar lúpus, esclerose sistêmica ou doença mista do tecido conjuntivo;
  • Nuclear pontilhado fino denso: padrão mais comum, muito relacionado à ausência de doença autoimune, mesmo em altíssimos títulos (se preferirem, “mesmo quando positivo forte”);
  • Nucleolar: sugestivo de esclerose sistêmica.

Por outro lado, o resultado negativo de um exame fator antinuclear praticamente descarta a hipótese de lúpus eritematoso sistêmico, doença mista do tecido conjuntivo, e esclerose sistêmica, mas não exclui a possibilidade de outras patologias autoimunes, como a artrite reumatoide, a dermatomiosite e a espondilite anquilosante, por exemplo.

Por essa razão, o diagnóstico preciso é baseado em todo um contexto, que abrange a história clínica e outros exames laboratoriais realizados.

O Dr. Marcelo Pavan é reumatologista com bastante experiência no diagnóstico e tratamento de doenças autoimunes, habituado a solicitar e interpretar exames complexos, como o fator antinuclear.

Para saber mais informações sobre o tema, agende uma consulta com o Dr. Marcelo Pavan.

Fontes:

Dr. Marcelo Pavan

Sociedade Brasileira de Reumatologia

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