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Reumatologia e gravidez: quais são os riscos?

Imagem meramente ilustrativa (Banco de imagens: Shutterstock)
Por: Publicado em 24/06/2024
4 min. de leitura

É possível ter filhos mesmo convivendo com uma doença reumatológica, desde que alguns cuidados sejam adotados

 As doenças reumatológicas frequentemente afetam as mulheres durante os anos férteis e geram dúvidas sobre a possibilidade de uma gravidez e, caso ela ocorra, quais os riscos. No entanto, com um tratamento médico e obstétrico cuidadoso, a maioria das mulheres que convive com essas doenças pode ter gestações bem-sucedidas.

No texto a seguir, obtenha mais informações sobre reumatologia e gravidez.

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As doenças reumatológicas afetam a fertilidade?

As doenças reumatológicas não causam infertilidade, porém, se não estiverem controladas, podem aumentar o risco de complicações durante a gestação.

Quais cuidados uma paciente reumatológica deve tomar antes de engravidar?

Para a reumatologia, a gravidez é possível, desde que a doença reumática esteja controlada por pelo menos um determinado período, que varia segundo a doença, antes de a mulher tentar engravidar. Para que os riscos sejam menores, a paciente deve fazer o planejamento da gestação junto com o seu reumatologista.

Em relação ao uso das medicações, algumas, principalmente a hidroxicloroquina, devem ser mantidas, pois elas ajudam a evitar novos surtos das doenças. Alguns outros devem ser suspensos alguns meses antes da gestação por serem prejudiciais para o feto,

Mulheres com perfil de baixo risco devem incluir no acompanhamento da gestação visitas regulares ao reumatologista, por precaução. Aquelas com perfil de alto risco devem ser avaliadas recorrentemente por uma equipe composta de reumatologistas e obstetras com experiência em gestações de alto risco.

Dependendo da doença reumatológica e da gravidade dos sintomas, outras especialidades médicas, como nefrologia, cardiologia e neurologia podem ser envolvidas nos cuidados da mãe e do bebê.

Quais são os riscos das doenças reumatológicas para a gravidez?

A relação entre reumatologia e gravidez causa muitas vezes apreensão na mulher que deseja ter um filho. É interessante notar que essas doenças não afetam diretamente a fertilidade, embora algumas possam aumentar o risco de complicações na gestação. Outras, no entanto, têm seus sintomas reduzidos durante esse período, como é o caso frequentemente da artrite reumatoide, o que resulta em uma menor necessidade de medicação. Porém, ela pode se exacerbar após o parto.

O lúpus eritematoso sistêmico (LES) pode apresentar surtos durante a gestação. É muito importante que a doença esteja bem controlada por um bom prazo (geralmente um ano), de preferência sem uso de imunossupressores, somente mantendo o uso da hidroxicloroquina, que não deve ser suspensa antes nem durante a gestação. Nesse cenário, a chance da gestação ser bem sucedida é praticamente igual à da população sem lúpus. A doença pode aumentar o risco de hipertensão e pré-eclâmpsia.

A síndrome antifosfolípide (SAF) aumenta o risco de coágulos em veias e artérias, bem como complicações como aborto espontâneo, parto prematuro ou hipertensão durante a gravidez. Sendo tratada adequadamente, é possível ter uma gestação normal.

Uma das doenças que contraindicam uma gestação, e que por isso deve ser debatida com o médico quando ele e a paciente discutirem sobre reumatologia e gravidez, é a hipertensão pulmonar. O quadro frequentemente piora durante a gravidez e o pós-parto, não sendo, assim, muitas vezes aconselhável que mulheres com essa condição engravidem.

Outras doenças, como polimiosite, dermatomiosite e vasculite, não parecem ser afetadas pela gravidez. No caso da esclerose sistêmica, não há problemas de a mulher engravidar se a paciente não apresentar hipertensão pulmonar ou fibrose pulmonar.

Há riscos para o bebê?

Quando a doença reumática está controlada, o risco de complicações, como aborto, pré-eclâmpsia, retardo no crescimento intrauterino e prematuridade não comprometerão o desenvolvimento do bebê.

Após o nascimento, diretrizes de sociedades médicas sugerem que as mulheres com doenças reumatológicas devem ser encorajadas a amamentar se desejarem e puderem. Porém, é essencial que o controle da doença seja mantido por meio de medicamentos compatíveis com a lactação e que os riscos e benefícios sejam revistos caso a caso.

Ter uma doença reumatológica não significa que o sonho da maternidade deva ser interrompido. Para a reumatologia, a gravidez pode ocorrer com sucesso e de maneira tranquila quando são seguidos alguns cuidados.

Para saber mais sobre reumatologia e gravidez, agende sua consulta.

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Fontes:

American College of Rheumatology

Sociedade Paranaense de Reumatologia

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