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Sintomas da arterite de células gigantes

Imagem meramente ilustrativa (Banco de imagens: Shutterstock)
Por: Publicado em 23/04/2024
3 min. de leitura

Saiba quais são os principais sinais que podem indicar essa doença que afeta os vasos sanguíneos

A arterite de células gigantes é um tipo de vasculite (um grupo de doenças cuja principal característica é a inflamação dos vasos sanguíneos) que envolve as artérias do couro cabeludo e da cabeça, especialmente as artérias sobre as têmporas. Por isso, a doença também é chamada de arterite temporal.

Com a arterite de células gigantes, o revestimento das artérias fica inflamado, fazendo com que inchem. Esse inchaço estreita os vasos sanguíneos, reduzindo a quantidade de sangue que chega aos tecidos do corpo. A doença ocorre apenas em adultos quase que exclusivamente com mais de 50 anos, e afeta mais mulheres do que homens (as mulheres têm 2,5 vezes mais chances de ter a doença do que os homens).

Não se sabe a causa exata da arterite de células gigantes, mas se acredita que seja uma doença autoimune, ou seja, em que o próprio sistema imunológico do corpo ataca os vasos sanguíneos, incluindo as artérias temporais, que fornecem sangue principalmente para os olhos e mandíbulas. Além disso, fatores genéticos e ambientais, como infecções, também podem estar relacionados.

Para saber mais sobre os sintomas da arterite de células gigantes e como a doença é diagnosticada e tratada, continue lendo o texto a seguir.

Quais os sintomas da arterite de células gigantes?

O mais comum dos sintomas da arterite de células gigantes é a dor de cabeça, geralmente na região das têmporas, mas podendo ocorrer em qualquer local. Além dessa, outros sintomas da arterite de células gigantes incluem:

  • Perda de apetite ou de peso;
  • Perda súbita da visão de um olho;
  • Visão dupla;
  • Febre;
  • Visão turva;
  • Dor de garganta persistente ou dificuldade para engolir;
  • Mal-estar;
  • Fadiga;
  • Dor na mandíbula ao mastigar ou ao abrir bem a boca;
  • Sensibilidade no couro cabeludo.

Como é viver com a arterite de células gigantes?

Nutrição adequada, atividade física, repouso e seguir o regime de medicação prescrito são importantes para ajudar a controlar os sintomas das arterite de células gigantes.

Também é recomendado evitar o consumo de cigarro, pois pode piorar os sintomas da arterite de células gigantes e tornar o tratamento mais difícil.

Diagnóstico

Não existe um exame de sangue que diagnostique a doença. Além da avaliação clínica, em que o médico observa se estão presentes os principais sintomas da arterite de células gigantes, o especialista pode solicitar alguns exames, como:

  • Velocidade de hemossedimentação: exame de sangue que indica se há ou não inflamação no organismo;
  • Proteína C-reativa: exame de sangue que também avalia a presença de inflamação;
  • Ultrassonografia das artérias temporais;
  • Tomografia e angiotomografia computadorizada;
  • Biópsia da artéria temporal para confirmação diagnóstica.

Opções de tratamento

Assim que os primeiros sintomas da arterite de células gigantes surgem e a doença é diagnosticada, o tratamento deve ser iniciado imediatamente para evitar a perda da visão. O principal tratamento consiste na administração de altas doses de corticosteroide, associado a imunossupressores desde o início do tratamento.

Como o tratamento imediato é necessário para evitar a perda de visão, é provável que o médico inicie a medicação antes mesmo de confirmar o diagnóstico com uma biópsia.

Dependendo do caso, pode ser necessário continuar a tomar a medicação por um a dois anos – ou mais. Após o primeiro mês, o médico pode gradualmente começar a reduzir a dose até atingir a dose mais baixa necessária para controlar a inflamação. O objetivo é que o corticosteroide seja totalmente suspenso em cerca de um ano. Os imunossupressores geralmente são mantidos por mais tempo, para evitar recaídas, que podem ser frequentes.

Fontes:

Mayo Clinic

Sociedade Brasileira de Reumatologia

Colégio Americano de Reumatologia

Manual MSD

Autor: Dr. Marcelo Pavan Paiva

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