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Quais os sintomas da espondilite anquilosante?

Imagem meramente ilustrativa (Banco de imagens: Shutterstock)
Por: Publicado em 09/11/2022
5 min. de leitura

Muitas vezes ignorada no início, a espondilite anquilosante pode evoluir de uma rigidez na coluna para a perda dos movimentos e deformidades caso não seja tratada

A espondilite anquilosante é um tipo de doença inflamatória crônica, autoimune e incurável, que afeta as articulações do corpo. Rigidez, dor nas costas e dificuldade para se movimentar são alguns dos principais sintomas da espondilite anquilosante.

Principais sintomas da espondilite anquilosante

As primeiras manifestações da espondilite anquilosante são rigidez da coluna e dores na lombar. Contudo, as dores e inflamações nas articulações podem ocasionar outros sintomas, como perda de mobilidade, dificuldade para respirar e incontinência urinária.

Confira os principais sintomas da espondilite anquilosante:

  • Rigidez, principalmente pela manhã, na coluna;
  • Dor lombar, ou na região alta das costas e atrás do pescoço,
  • Dor nas nádegas, que muitas vezes fica por um período em um lado e depois muda;
  • Dor nas articulações em geral, sendo mais comum nas grandes, como joelhos, tornozelos, quadris;
  • Entesites, que causam dores muito semelhantes a tendinites;
  • Dificuldade de se movimentar;
  • Falta de apetite;
  • Perda de peso;
  • Fadiga excessiva;
  • Inflamação intensa nos olhos;

Rigidez e dores nas costas

Os principais sintomas da espondilite anquilosante são rigidez e dor nas costas, já que a doença afeta mais comumente as articulações do esqueleto axial, o que compreende os ossos da coluna cervical, tórax, coluna lombar e especialmente as sacrilíacas.

A intensidade das dores nas costas varia de um episódio para o outro e, também, de pessoa para pessoa. Geralmente, são mais intensas pela manhã e à noite.

Dores lombares

A dor nas costas também pode se concentrar na região da coluna lombar, podendo gerar espasmos musculares. A dor lombar geralmente é uma das primeiras manifestações da espondilite anquilosante, e tende a aumentar durante o repouso e diminuir com movimentos leves.

Com o tempo, se não tratada adequadamente, as vértebras se fundem umas nas outras tirando completamente a mobilidade e levando a uma postura curvada permanente. Em outros casos, o paciente pode apresentar uma coluna visivelmente reta e rígida.

A dor na lombar pode se irradiar para as pernas e aumentar a rigidez da coluna durante o início do dia. Os sintomas costumam melhorar durante o dia e podem vir em crises, quando somem por um período e reaparecem após algum tempo. No entanto, o mais comum é que a dor seja crônica, e se mantenha sempre, às vezes com alívio parcial e às vezes com melhora.

Dor nas nádegas

Também como um dos primeiros sintomas da espondilite anquilosante, a dor nas nádegas é bastante comum. Normalmente, ela tem caráter alternante, ou seja, acomete apenas um lado por um período e depois passar para o outro lado. Essas dores podem se irradiar para os glúteos e atrapalhar o paciente para caminhar.

Dores nas articulações

As articulações do corpo são comprometidas pela espondilite anquilosante. A dor é mais frequente nas grandes articulações, como ombros, quadris e joelhos, acometendo as articulações menores em menor proporção.

Caso haja inflamação nas articulações que conectam as costelas à coluna, as dores podem prejudicar a respiração, pois limitam a capacidade do tórax de se expandir. A rigidez na coluna também pode causar esse efeito.

Dificuldade ao se movimentar

A rigidez da coluna e as dores e inflamações causadas nas articulações comprometem progressivamente a mobilidade do paciente.

Além disso, outros problemas podem se originar da espondilite anquilosante, como tendinites, fascite plantar e inchaços dolorosos nas mãos e nos pés. Esses problemas também causam dificuldades para o paciente se movimentar.

Os sintomas da espondilite anquilosante podem se agravar?

No início, muitas vezes a doença não é percebida, pois os pacientes acreditam se tratar apenas de uma dor na coluna “normal”. Contudo, com a evolução da doença, a rigidez vai aumentando e as dores da espondilite anquilosante tornam-se mais intensas e mais prolongadas, principalmente ao acordar pela manhã.

Com o tempo, caso não busque tratamento, a mobilidade do paciente torna-se cada vez mais comprometida, podendo ocorrer deformidades permanentes na coluna e no corpo do paciente.

O que causa os sintomas da espondilite anquilosante?

As dores e a rigidez causadas pela espondilite anquilosante se devem ao processo inflamatório das articulações, que são atacadas pelo próprio sistema imunológico do paciente.

A causa da espondilite anquilosante ainda é desconhecida. E também não se sabe a razão pela qual o sistema imunológico passa a atacar as articulações do próprio organismo. Contudo, alguns estudos apontam uma influência genética no desenvolvimento da doença.

Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico é feito a partir da observação dos sintomas de espondilite anquilosante, complementado com exames laboratoriais de sangue e radiografia das articulações. Diagnosticar precocemente a doença é essencial para evitar a sua progressão e, consequentemente, complicações para a saúde e qualidade de vida do paciente.

Tratamento para os sintomas da espondilite anquilosante

A espondilite anquilosante ainda não tem cura, portanto, o objetivo do tratamento é evitar a progressão da doença, aliviar os sintomas e reduzir os riscos de deformidades. O tratamento, contudo, deve continuar indefinidamente, ainda que a doença se torne menos ativa com o passar dos anos.

O médico poderá receitar medicamentos como anti-inflamatórios, analgésicos e relaxantes musculares. O acompanhamento fisioterápico também é recomendado, pois manter um programa de exercícios físicos adaptados para cada caso ajuda o paciente a fortalecer os músculos, melhorar a flexibilidade e corrigir a postura. Além disso, favorece a mobilidade e a respiração.

Em casos mais graves, quando uma articulação fica muito comprometida, o médico pode recomendar a cirurgia, para substituir, remodelar ou realinhar essas articulações. Pode ser recomendada artroplastia, por exemplo nos quadris, joelhos ou ombros, mais frequentemente.

Com os tratamentos modernos, a evolução para sequelas graves é muito rara, principalmente se a doença for tratada precocemente.

Entre em contato e saiba mais sobre essa e outras doenças com o Dr. Marcelo Pavan.

Fontes:

Manual MSD

Sociedade Brasileira de Reumatologia

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