Saiba quais são as opções de tratamento que podem ajudar a retardar a progressão da doença
As vasculites são doenças pouco comuns, que afetam os vasos sanguíneos do corpo. Como seus sintomas são, por vezes, parecidos aos de outras doenças, nem sempre elas são facilmente diagnosticadas. As vasculites podem afetar qualquer pessoa, embora alguns tipos sejam mais comuns entre certas faixas etárias – especialmente em pessoas acima dos 50 anos.
Saiba mais sobre elas e quais são os principais tipos de vasculites.
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O que são as vasculites?
Vasculite é uma inflamação dos vasos sanguíneos, que tem origem quando a parede dos vasos é invadida por células do sistema imunológico, causando estenose (estreitamento), oclusão (fechamento), formação de aneurismas, hemorragias ou desencadeamento de reações imunológicas específicas.
Como todos os órgãos do nosso corpo são supridos com sangue através dos vasos, quando esses são atacados de alguma forma podem ocorrer sintomas ou lesões em qualquer sistema do nosso organismo.
Os sintomas das vasculites variam conforme a localização do vaso atingido. Por exemplo, se a doença afeta a pele, podem surgir erupções de tom roxo-azulado ou feridas. Já a sensação de dormência ou fraqueza pode surgir quando os nervos periféricos foram afetados. Dores abdominais, diarreia e náuseas são mais comuns quando a doença acomete os vasos do trato digestivo. É possível haver acometimento da visão, da audição, tromboses, gangrena de dedos, lesões renais e sangramento ou cavitações pulmonares.
Diferentes tipos de vasculites
Existem vários tipos de vasculites, mas para facilitar a compreensão, inicialmente se dividem em dois: as primárias e as secundárias.
Vasculites primárias
Essas doenças fazem parte de um tipo de vasculite relativamente raro e ocorrem quando a causa é desconhecida e os vasos em si são o principal sítio de doença. Dependendo do tamanho do vaso acometido, este tipo de vasculite é subdividido em dois outros grupos:
- Grupo 1: neste grupo estão incluídas as vasculites que ocorrem de maneira isolada em apenas um tecido ou órgão, como sistema nervoso central, pele, olhos, entre outros;
- Grupo 2: no segundo grupo, estão as vasculites que acometem simultaneamente ou sequencialmente vários órgãos ou sistemas. Fazem parte deste grupo os seguintes tipos de vasculite, por exemplo:
- Arterite de Takayasu, e arterite de células gigantes, também conhecida como arterite temporal, que têm como características o acometimento de vasos maiores;
- Poliarterite nodosa e doença de Kawasaki, que afetam os vasos de calibre médio;
- Granulomatose com poliangeíte (antigamente conhecida como granulomatose de Wegener), granulomatose eosinofílica com poliangeíte (que levava o nome de síndrome de Churg-Strauss), poliangeíte microscópica, púrpura de Henoch-Schönlein e crioglobulinemia, que acometem pequenos vasos sanguíneos.
Vasculite secundária
Este tipo de vasculite está associado a alguma outra condição que levou à inflamação dos vasos sanguíneos, como as vasculites relacionadas ao câncer, às doenças autoimunes, a infecções, entre outras doenças.
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Como é o diagnóstico da vasculite
Para diagnosticar as vasculites, é feita uma avaliação clínica, com base nos sintomas relatados pelo paciente. O médico também pode solicitar os seguintes exames:
- Exames de sangue e urina;
- Biópsia do tecido afetado (realizada para confirmar a presença da vasculite);
- Exames de imagem dos vasos sanguíneos.
Opções de tratamento
O tratamento adotado pelo médico reumatologista – especialista que diagnostica e trata as vasculites – depende do tipo de vasculite. As vasculites primárias não têm cura, assim, o objetivo do tratamento é manter a doença controlada por longo prazo. Para isso, é necessário o uso de medicamentos, como corticosteroides, imunossupressores e imunobiológicos, por vezes por longo prazo.
Outro tratamento disponível, dependendo do tipo de vasculite, é a plasmaférese, no qual o paciente é conectado a um equipamento que auxilia a eliminação dos agentes que estão causando a vasculite. Este tipo de tratamento é recomendado somente para formas muito graves de vasculite, principalmente quando há lesão nos rins ou pulmões.
As vasculites primárias exigem acompanhamento médico periódico para que a doença seja mantida controlada. Já as vasculites secundárias podem ser curadas a partir do momento em que são tratadas as condições que favoreceram seu aparecimento.
Para saber mais informações sobre os tipos de vasculites e os tratamentos mais recomendados, é fundamental conversar com o médico reumatologista. Entre em contato e agende uma consulta com o Dr. Marcelo Pavan.
Fontes:
Sociedade Brasileira de Reumatologia
American College of Rheumatology
