Doença atinge majoritariamente pessoas idosas e pacientes do sexo feminino, que possuem 2,5 vezes mais chances de ter a doença do que os homens
A arterite de células gigantes é uma doença reumática pertencente ao grupo das vasculites, que podem ser definidas como a inflamação das paredes dos vasos sanguíneos. Quando isso ocorre, há um espessamento das paredes dos vasos, o que diminui e pode até obstruir o fluxo sanguíneo aos tecidos.
Portanto, a arterite de células gigantes é uma inflamação das artérias de grande calibre que irrigam a cabeça e o pescoço, principalmente ao redor das têmporas; por isso, a doença também é conhecida como arterite temporal.
O tratamento da arterite de células gigantes é de extrema importância, porque a redução do fluxo sanguíneo nesses vasos da cabeça e pescoço pode trazer consequências graves, como perda de visão e acidente vascular encefálico (AVE).
Antes de chegar aos estágios mais avançados, a arterite das células gigantes se manifesta de forma inespecífica, o que dificulta o diagnóstico. Muitos pacientes apresentam dor de cabeça, principalmente na região das têmporas, cansaço, mal-estar, às vezes febre baixa e perda de peso, o que pode confundir com os sintomas da gripe. É comum também o paciente ter dor ao falar ou mastigar decorrente da falta de oxigenação dos músculos da mandíbula.
A falta de tratamento da arterite de células gigantes pode ocasionar quadros mais graves, como o de obstrução do fluxo sanguíneo ao nervo óptico. Isso pode causar cegueira repentina, visão dupla ou turva e até perda permanente da visão.
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Como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico envolve várias abordagens, que vão desde o exame físico para analisar as artérias temporais e verificar se elas estão mais rígidas até o relato dos sintomas e exames laboratoriais.
Os exames de sangue que demonstram elevação de marcadores inflamatórios, como o de VHS (velocidade de hemossedimentação) e o de proteína C Reativa, podem ser indicativos de que o paciente está com arterite de células gigantes. Além disso, alguns exames de imagem podem auxiliar o diagnóstico dessa condição, como:
- Ultrassonografia com doppler;
- Tomografia e angiotomografia computadorizada;
- Ressonância magnética.
Porém, o exame definitivo para confirmar o diagnóstico da patologia é a biópsia da artéria temporal, no qual uma pequena amostra da artéria é retirada e analisada para verificar se há inflamação na parede da artéria.
Opções de tratamento para a arterite de células gigantes
O diagnóstico precoce é fundamental para prevenir as complicações já citadas, com o início do tratamento da arterite de células gigantes. No começo, o médico receita medicamentos corticoides em doses mais altas para diminuir a inflamação dos vasos sanguíneos em associação com imunossupressores, a depender do caso. Conforme os sintomas melhoram, o tratamento da arterite de células gigantes com medicamentos pode ser diminuído.
O acompanhamento médico adequado é importante para avaliar a resposta do paciente ao tratamento da arterite de células gigantes, porque a doença afeta majoritariamente pessoas idosas. As medicações são eficazes para a recuperação completa do paciente, mas a inflamação das artérias pode voltar a acontecer.
Quando há recaída, a polimialgia reumática é o sintoma mais frequente, que acomete 40% dos pacientes com arterite de células gigantes. Este quadro se caracteriza pelas dores musculares e rigidez nos ombros, pescoço e quadril.
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Qual profissional é indicado para o tratamento da arterite de células gigantes?
Os sintomas desse tipo de vasculite são bastantes genéricos nos estágios iniciais, por isso é recomendado procurar um reumatologista, profissional com todo o conhecimento necessário para diagnosticar e tratar a arterite de células gigantes. Além disso, é necessário que o médico analise os efeitos colaterais para gerenciar da melhor forma o uso de medicamentos durante o tratamento da arterite de células gigantes.
O Dr. Marcelo Pavan é médico reumatologista e membro titular da Sociedade Brasileira de Reumatologia, com ampla experiência na área para diagnosticar e tratar as principais doenças reumáticas, sempre com foco no bem-estar e qualidade de vida do paciente.
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