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Conheça os tratamentos para o lúpus

Imagem meramente ilustrativa (Banco de imagens: Shutterstock)
Por: Publicado em 09/11/2022

O tratamento para lúpus mais adequado para cada paciente depende do tipo, da gravidade e das manifestações da doença

O lúpus eritematoso sistêmico (LES), ou simplesmente lúpus, é uma doença inflamatória crônica. É autoimune, ou seja, quando o próprio sistema imunológico ataca órgãos e tecidos do organismo. A condição não tem cura, e por isso os tratamentos para o lúpus consistem no controle da doença e na redução dos sintomas.

Além disso, o lúpus é uma doença sistêmica. Isto é, pode afetar todo o corpo humano, como pele, articulações, vasos sanguíneos, coração, rins, sistema nervoso e outros órgãos e tecidos.

A estimativa é de que existam cerca de 65 mil pessoas com lúpus no Brasil. A doença pode atingir todas as pessoas, mas é mais frequente em mulheres jovens, entre 20 e 40 anos de idade.

Sintomas de lúpus

Os principais sintomas de lúpus são:

  • Lesões ou manchas avermelhadas na pele;
  • Dor e inchaço nas articulações;
  • Inflamação indolor nos rins;
  • Dor no peito geralmente que piora à inspiração, por pleurite ou pericardite;
  • Anemia;
  • Petéquias;
  • Aftas de difícil manejo;
  • Desânimo, cansaço e fraqueza;
  • Falta de apetite
  • Perda de peso;
  • Alterações psíquicas, principalmente no quadro de psicose lúpica

Quais os tratamentos para o lúpus?

Embora o lúpus seja considerado uma única doença, os sintomas e acometimentos podem ser muito variados, o que leva a parecer que cada paciente tem uma doença diferente. Portanto, antes de iniciar o tratamento para o lúpus, o médico deve identificar quais são os principais acometimentos da doença, para então indicar os procedimentos mais adequados.

  • Lúpus eritematoso cutâneo: pode ter diversas manifestações diferentes, entre elas o lúpus discoide, o lúpus subagudo, a erupção (“rash”) malar, a paniculite lúpica, cada uma com diferenças nas suas características. Muito frequentemente relacionado à exposição à luz solar, aparecendo mais frequentemente no rosto, orelhas, couro cabeludo, colo e braços.
  • Lúpus eritematoso sistêmico: acomete um ou mais tecidos e órgãos internos, principalmente articulações, os elementos do sangue, a pleura e o pericárdio, os vasos sanguíneos o sistema nervoso e os rins, além de poder acometer a pele.
  • Lúpus neonatal: a doença ocorre logo após o nascimento, devida à passagem de anticorpos da mãe para o filho através da placenta durante à gestação.
  • Lúpus induzido por drogas: alguns medicamentos podem levar o paciente a desenvolver lúpus, com sintomas semelhantes ao sistêmico. Contudo, a condição tem melhor prognóstico, podendo eventualmente cessar espontaneamente. É de grande importância que o paciente não se exponha mais ao medicamento que desencadeou o quadro.

Após a consideração das características específicas de cada manifestação da doença, o tratamento para lúpus é individual, pois depende de características do paciente, além das manifestações. O acompanhamento médico deve ser contínuo, assim como o uso de medicamentos.

Como essa enfermidade não tem cura, o objetivo dos tratamentos para lúpus é controlar a atividade da doença. Assim, busca-se reduzir os sintomas, minimizar os efeitos colaterais dos medicamentos e proporcionar melhor qualidade de vida ao paciente.

Os medicamentos utilizados no tratamento para o lúpus incluem antimaláricos, corticoides e imunossupressores.

  • Antimaláricos: devem ser usados, se não houver contraindicação como alergia, por todos os pacientes, por seus inúmeros benefícios, e baixo perfil de efeito colateral
  • Casos leves: ao apresentar sintomas mais leves, o tratamento para lúpus pode ser feito com analgésicos, e doses baixas de corticoides por curto período.
  • Casos graves: nas manifestações mais graves da doença, principalmente quando afeta órgãos vitais, o tratamento para lúpus pode ser feito com doses mais elevadas de corticoides, para controle rápido da doença na fase aguda. Então, logo depois são usados imunossupressores, que podem ser mais fracos ou mais potentes, dependendo se a inflamação é nos rins, nos elementos do sangue, nas articulações, na pele, nos vasos sanguíneos ou sistema nervoso, e da gravidade da inflamação. Quando há rápida evolução da doença, o médico pode aplicar doses altas de glicocorticoide por via endovenosa.
  • Corticoides: são frequentemente usados, principalmente para alívio mais rápido de acometimentos, mas não devem ser mantidos indefinidamente. O objetivo é que sejam suspensos o mais rápido possível.

Esses medicamentos, contudo, diminuem a capacidade imunológica do paciente e, por isso, é necessária uma atenção maior à possibilidade de contrair infecções. Por exemplo, é necessário cautela nos locais onde vai se alimentar, atentando para a higiene, evitando comer alimentos crus e saladas em locais não confiáveis. Também é necessário evitar excessos, por exemplo, muitas horas de exposição ao frio, muito tempo sem se alimentar.

Outra precaução importante é lavar muito bem qualquer ferimento e, se houver sinais de infecção, mesmo que leves (por exemplo, dor e ardor ao urinar, febre e prostração, tosse com catarro, sintomas de sinusite inicial), buscar avaliação médica antes que os sintomas piorem.

Além disso, o uso diário de fotoprotetores é essencial, principalmente nas áreas expostas do corpo. Em alguns casos, podem ser recomendados produtos com corticosteroides ou tacrolimo. O fotoprotetor deve ser reaplicado ao longo do dia, para assegurar seu efeito protetor na pele. É importante frisar que, na pele de quem tem lúpus, a luz fosforescente tem o mesmo efeito que o sol.

Como é feito o diagnóstico?

Para o diagnóstico de lúpus, é realizada uma avaliação clínica minuciosa, além dos exames físico e laboratoriais detalhados. No exame laboratorial, por exemplo, é analisada a presença de autoanticorpos específicos no sangue.

Exames de imagem, como tomografia e ecocardiograma, e biópsias, podem ser solicitados como exames complementares.

Causas do lúpus

Ainda não se sabe exatamente o que causa o lúpus. Entretanto, as pesquisas científicas apontam que pode ser um resultado da combinação de fatores genéticos, hormonais, infecciosos e ambientais. Além disso, alguns medicamentos podem fazer com que o organismo desenvolva o lúpus.

Quando procurar um especialista?

Ao apresentar sintomas, o médico deve ser consultado, de forma a iniciar rapidamente o tratamento para lúpus e controlar a doença, evitando sua evolução para formas mais graves.

O profissional irá analisar os sintomas e manifestações da doença para dar o diagnóstico correto, além de avaliar o tipo e a gravidade do problema.

Caso os sintomas consistam em lesões e manchas na pele, o dermatologista é o profissional mais indicado. Se as manifestações forem em órgãos internos, o paciente deve se consultar com o reumatologista

Entre em contato e saiba mais sobre essa e outras doenças com o Dr. Marcelo Pavan.

Fontes:

Ministério da Saúde

Sociedade Brasileira de Reumatologia

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