Doença afeta vasos sanguíneos e pode impactar desde a pele até outros órgãos
A vasculite leucocitoclástica é uma doença inflamatória dos vasos sanguíneos que pode ser causada por infecções, doenças autoimunes, reações a medicamentos e exposição a substâncias tóxicas.
Saiba mais sobre suas causas da vasculite, seus sintomas, seu diagnóstico e seu tratamento lendo o texto a seguir.
Em caso de dúvidas, marque uma consulta com o reumatologista Dr. Marcelo Pavan
O que é vasculite leucocitoclástica?
A vasculite leucocitoclástica, (às vezes também chamada de vasculite por hipersensibilidade), é uma condição na qual ocorre a inflamação de pequenos vasos sanguíneos. O termo leucocitoclástico se refere aos detritos de neutrófilos (células imunes) dentro das paredes dos vasos sanguíneos. A doença pode ficar limitada à pele (cutânea) ou afetar vários órgãos, como rins, sistema nervoso central, coração, sistema gastrointestinal e pulmões.
Quais as causas da vasculite leucocitoclástica?
A vasculite leucocitoclástica pode ser primária ou secundária. Na forma primária, é idiopática, ou seja, suas causas não são conhecidas, porém sabe-se que é uma doença causada por um distúrbio autoimune.
Na forma secundária, a vasculite leucocitoclástica pode estar relacionada a alguns fatores, como:
- Reação alérgica a medicamentos, alimentos ou aditivos alimentares;
- Infecções por vírus, parasitas ou bactérias;
- Doença inflamatória intestinal;
- Artrite reumatoide;
- Lúpus;
- Doença de Sjögren;
- Alterações malignas.
Quais os sintomas?
Quando a vasculite leucocitoclástica fica limitada à pele, podem surgir lesões pequenas, do tamanho de uma picada de inseto, elevadas, em tom avermelhado ou roxo (conhecidas como púrpura palpável), múltiplas, geralmente nas pernas, coxas e parte inferior do abdômen. Essas lesões podem se agrupar e ficar mais sobrelevadas.
Essas lesões geralmente são assintomáticas, mas podem causar coceira ou dor, e ficam presentes entre uma e quatro semanas antes de começarem a cicatrizar. Mais raramente, em quadros agressivos, podem surgir lesões grandes, dolorosas e ulceradas.
Quando a vasculite leucocitoclástica se manifesta em outros órgãos, o paciente pode apresentar:
- Febre;
- Dores musculares e nas articulações;
- Sangue na urina ou nas fezes;
- Dor abdominal;
- Vômitos;
- Tosse;
- Sensação de dormência e fraqueza nos membros.
Como é feito o diagnóstico da vasculite leucocitoclástica?
O diagnóstico da vasculite leucocitoclástica é clínico, feito com base na avaliação das lesões cutâneas. Para a confirmação diagnóstica, o médico pode solicitar uma biópsia das lesões.
Outros testes podem ser realizados para descartar doenças sistêmicas associadas, como:
- Hemograma completo;
- Urinálise;
- Perfil bioquímico sérico;
- Fator reumatoide;
- Testes de função renal e hepática;
- Sorologia para HIV e hepatites (B e C);
- Eletroforese de proteínas;
- Anticorpos antinucleares;
- Exames do sistema imune como dosagem de imunoglobulinas (anticorpos) e do sistema do complemento
- Raio-x do tórax.
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Como é tratada a doença?
O tratamento para vasculite leucocitoclástica varia de acordo com a história do paciente. Nos casos agudos, que envolvem uma única ocorrência de lesões cutâneas, estas geralmente desaparecem após a eliminação do agente desencadeante, como infecção, medicamento ou alimento. Na maioria dos casos, são indicadas medidas simples, como uso de meias de compressão, repouso e elevação das pernas, além de cremes de uso tópico, para aliviar os sintomas da vasculite.
Nos casos recorrentes de vasculite leucocitoclástica, além da necessidade de investigação de uma doença sistêmica subjacente, o médico pode prescrever corticosteroides orais e medicamentos imunossupressores quando os órgãos internos estão envolvidos ou lesões cutâneas ulceradas graves estão presentes.
Quais as complicações da vasculite leucocitoclástica?
A vasculite leucocitoclástica raramente evolui para complicações quando a doença é tratada adequadamente. Porém, quando o tratamento não é seguido conforme recomendação médica, a destruição dos vasos sanguíneos pode levar a lesões cutâneas que não cicatrizam, infecções e necrose do tecido.
No caso da doença com manifestação sistêmica, podem ocorrer complicações na função dos órgãos afetados.
Qual o prognóstico?
O prognóstico da vasculite leucocitoclástica geralmente é bom, embora a doença possa alternar entre momentos de remissão (sem sintomas) e de recorrência, que pode demorar dias, meses ou até mesmo anos para ocorrer.
Para saber mais informações sobre o tema, agende uma consulta com o Dr. Marcelo Pavan.
Fontes:
Colégio Americano de Dermatologia Osteopática