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Fibromialgia

6 min. de leitura

A fibromialgia, resumidamente, é caracterizada por uma dor crônica que atravessa diferentes pontos do corpo e se manifesta, principalmente, nos tendões e nas articulações. Essa doença está relacionada ao funcionamento do sistema nervoso central, atingindo, em 90% dos casos, mulheres entre 35 e 50 anos. No entanto, a patologia também pode atingir homens adultos, crianças, adolescentes e idosos.

Considerada uma doença reumatológica, a fibromialgia pode desencadear situações de estresse, cansaço crônico, depressão, ansiedade e alterações intestinais. Alterações do sono são extremamente comuns, por exemplo, insônia, mas principalmente sono não reparador. Nessa situação, a pessoa com fibromialgia dorme, mas acorda não se sentindo repousada, por vezes sente-se mais cansada do que quando dormir. Essa enfermidade acomete cerca de 2% da população mundial. Ainda trazendo dados numéricos, cerca de 10 a 15% dos pacientes que frequentam um consultório de reumatologia apresentam esse problema.

Uma característica marcante da fibromialgia é a grande sensibilidade ao toque que ela gera, levando a sensação mais intensa do que a força da compressão da musculatura pelo examinador ou ainda por outras pessoas. Como já anteriormente mencionado, a grande maioria das pessoas que são acometidas pela doença são mulheres, mas ainda não são conhecidas as razões para esse fato. Uma hipótese descartada é a hormonal, já que a doença surge em mulheres tanto antes quanto depois da menopausa.

Sintomas da fibromialgia

A dor da fibromialgia pode ser intensa, mas não é capaz de provocar inflamações nem deformidades físicas. É preciso estar atento aos sinais que o corpo emite, uma vez que seus sintomas podem ser facilmente confundidos com outras doenças reumatológicas. Atente-se a:

  • Dor persistente por mais de três meses em qualquer parte do corpo;
  • Percepção de pontos dolorosos na musculatura;
  • Fadiga e alteração na qualidade do sono;
  • Depressão, estresse ou ansiedade;
  • Mudanças no hábito intestinal;
  • Lapsos de memória;
  • Problemas de concentração.

Também é de indispensável importância se atentar aos principais pontos do corpo que a fibromialgia pode atingir, provocando dor e desconforto. No entanto, não se esqueça que a ausência de dor nesses pontos específicos do corpo ainda assim pode indicar a presença da doença reumatológica. São eles:

  • Cervical;
  • Tórax;
  • Abdômen;
  • Lombar;
  • Dorso;
  • Mandíbulas;
  • Ombros;
  • Antebraços;
  • Coxas;
  • Quadris;
  • Pernas.

A dor que o paciente costuma manifestar quando é acometido pela fibromialgia pode variar bastante. Ela pode ser difusa pelo corpo, ou em alguns casos, mais bem localizada. Em muitos casos, a pessoa tem dificuldades em explicar ao médico quando e onde começou a sentir o desconforto, já que este começa leve e pode ver sua intensidade aumentar com o decorrer do tempo.

A dor costuma ser mais profunda ao final do dia. Muitos pacientes tentam classificá-la como uma espécie de “dor nos ossos” ou ao redor das articulações. Muitos dos pacientes apresentam sensibilidade ao toque e sentem incômodo ao serem abraçados, por exemplo. Também pode ser manifestada sensação de inchaço em regiões afetadas.

Como a alteração do sono na fibromialgia é frequente e afeta quase 95% das pessoas, é comum que estas durmam de maneira interrompida. Como consequência, há uma brusca queda na qualidade do sono, ainda que a pessoa tenha dormido por uma grande quantidade de tempo. É comum que pacientes despertem com uma sensação de estarem mais cansados do que quando foram se deitar.

A contração muscular, a dor e a fadiga acabam surgindo, decorrentes justamente dessa má qualidade do sono. Ao se deitar, alguns indivíduos ainda relatam um desconforto nas pernas, com a necessidade de esticá-las, movimentá-las ou ainda sair caminhando para aliviar esse incômodo. Tal fenômeno é conhecido como Síndrome das Pernas Inquietas, sendo necessário um tratamento específico.

Há ainda aqueles que sofrem com a Síndrome da Apneia do Sono e sentem dificuldade na respiração durante o período de repouso. Esse acúmulo de situações que se refletem em cansaço crônico traz ainda outro problema, que é a resistência de pacientes a exercícios físicos, fundamentais no tratamento da fibromialgia.

A depressão ainda atinge metade dos pacientes, o que significa que embora muito comum, tal doença emocional não atinge, necessariamente, todos os que sofrem com fibromialgia. Contudo, é preciso destacar que a dor física é real, e não somatizada – isto é, manifestada por um problema emocional.

Entretanto, a depressão, por si só, piora o sono, aumenta o cansaço e a sensibilidade do corpo. Quando detectada, deve ser tratada com a ajuda de profissionais especializados, como psicólogos e psiquiatras.

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Causas da doença

Não existe uma causa única que a ciência tenha determinado como responsável pelo surgimento da fibromialgia. Entretanto, existem algumas pistas que podem indicar o porquê de pacientes sofrerem com essa síndrome.

Estudos recentes mostram que pessoas com fibromialgia apresentam uma sensibilidade à dor consideravelmente maior do que os que não têm a patologia. Em outras palavras, seria como se o cérebro dos pacientes possuísse um termostato desregulado, que ligasse todo o sistema nervoso, como forma de fazer o indivíduo sentir mais dor. Desta forma, nervos, medula e cérebro fazem com que qualquer estímulo doloroso seja aumentado de intensidade.

A fibromialgia também pode surgir depois de traumas físicos, psicológicos ou infecções graves. É mais comum que o quadro se inicie como uma dor crônica localizada, que progride para o restante do corpo. Por algum tempo, discutiu-se se a dor era real, mas técnicas avançadas de pesquisa, de fato, analisaram o cérebro em funcionamento de pacientes e atestaram que eles estavam sentindo a dor relatada.

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O ponto que diferencia esse tipo de incômodo das demais dores é que não há lesão na periferia do corpo e, portanto, ela não indica um problema por trás de tal desconforto – como é o caso de dores que denunciam tumores ou outras doenças.

Tratamento da fibromialgia

Como é uma doença complexa, ela requer também tratamentos multidisciplinares. Para se alcançar o controle eficaz da doença, é possível fazer uso de analgésicos, anti-inflamatórios, antidepressivos tricíclicos, inibidores de recaptação de noradrenalina e serotonina, anticonvulsivantes e relaxantes musculares.

Também é necessária uma atividade física regular, sob supervisão de um educador físico, que combata as dores da patologia. Muito importante também é o acompanhamento psicológico com um especialista da área. Por fim, pode-se levar em conta também sessões de massagens e acupuntura.

Algumas das dicas que devem ser adotadas pelos pacientes acometidos por fibromialgia são:

  • Evitar carregar pesos;
  • Fugir de situações estressantes;
  • Consumir medicamentos que ajudem a combater os sintomas, desde que prescritos por um médico;
  • Eliminar cenários que possam atrapalhar a qualidade do sono, como luz, barulho ou colchão desconfortável;
  • Mater atividades físicas regulares;
  • Buscar fazer psicoterapia;
  • Buscar posições confortáveis quando precisar permanecer sentado durante um longo período.

É preciso salientar ainda que a fibromialgia não tem cura, mas a combinação de medicamentos e demais tratamentos podem restabelecer a qualidade de vida. Além do mais, a patologia não pode levar nenhum paciente a óbito, mas pode comprometer e muito a rotina de pacientes que não procurem por ajuda especializada.

Ao surgirem sintomas como esses que comprometam a sua qualidade de vida, entre em contato com o reumatologista Dr. Marcelo Pavan e agende uma consulta, para obter um entendimento mais aprofundado acerca da fibromialgia e como controlá-la.

Fontes:

Sociedade Brasileira de Reumatologia;

Clínica de Reumatologia Dr. Marcelo Pavan.

Saiba mais sobre fibromialgia em nosso canal no Youtube

 

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