Frouxidão ligamentar aumenta o risco de lesões articulares e musculares. Entenda mais sobre essa condição
Algumas pessoas conseguem realizar movimentos com maior amplitude do que o normal nas articulações, principalmente nas mãos, cotovelos e joelhos. Essa condição chamada hipermobilidade articular é explicada porque existe uma frouxidão nos ligamentos que facilita a execução de certos movimentos não habituais, como colocar a palma das mãos no chão sem precisar dobrar os joelhos, por exemplo.
Quem tem hipermobilidade, mas nunca sofreu nenhum tipo de lesão, não apresenta a síndrome de hipermobilidade. Porém, a frouxidão nos ligamentos deixa a pessoa muito mais suscetível a lesões como entorses, luxações e distensões e o risco delas se repetirem é muito alto, principalmente durante a prática de esportes de impacto.
Muitas pessoas podem ser assintomáticas e até se beneficiar do aumento da flexibilidade em suas atividades, caso de bailarinos, ginastas e artistas. No entanto, outras podem sentir dores articulares e apresentar lesões recorrentes. Nesses casos, é preciso tratar a síndrome de hipermobilidade para evitar prejuízos mais sérios.
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Quais as causas da síndrome de hipermobilidade
Fatores genéticos são a principal causa da síndrome de hipermobilidade articular. Isso porque alterações no gene relacionado à produção de colágeno – proteína presente na pele, tendões, ligamentos, cartilagens e ossos – deixam essa substância diferente, com característica mais distensível. Por essa razão, quando um dos pais é portador dessa condição, os filhos também podem ter hipermobilidade articular.
Dessa forma, os fatores que contribuem para a síndrome de hipermobilidade são:
- Ligamentos hiperflexíveis: alterações genéticas deixam os ligamentos mais frouxos, por isso são capazes de se esticar muito sem se romper, o que explica a hipermobilidade;
- Tônus muscular reduzido: quanto mais relaxado os músculos estão, maior a flexibilidade para os movimentos;
- Menor propriocepção: também chamada de cinestesia, essa á a capacidade inconsciente que o corpo tem para executar certas ações de forma “automática”, sem usar outros sentidos, como tocar com os dedos na ponta do nariz de olhos fechados, por exemplo. Quando a propriocepção não é boa, as pessoas têm dificuldades em perceber a posição da articulação sem olhar.
Sintomas
Muitos casos de hipermobilidade articular são assintomáticos, mas alguns sintomas podem ser notados quando a pessoa apresenta a síndrome. Há um risco aumentado de ocorrência de distensões, luxações e entorses porque os pacientes executam movimentados exagerados, na maioria das vezes sem perceber.
As dores articulares são mais comuns na região do quadril, joelhos, dedos, cotovelos, tornozelos e ombros e podem vir acompanhadas de rigidez nas articulações.
Outros sintomas notados da síndrome de hipermobilidade são tensão muscular e sensação de fadiga após a prática de atividades físicas.
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A quem ela acomete
Estima-se que de 10 a 20% das pessoas tenham hipermobilidade articular, sendo que as mulheres são as mais acometidas pela condição. Além disso, a síndrome de hipermobilidade é mais frequente em crianças e adolescentes, podendo afetar uma única articulação ou várias, principalmente nos cotovelos, joelhos e dedos das mãos.
A hipermobilidade articular também está relacionada à síndrome de Ehlers-Danlos, uma condição rara e hereditária que enfraquece os tecidos conjuntivos do organismo e pode ser vista também com certa frequência em pessoas com síndrome de Down.
Essa condição tende a regredir progressivamente com o avanço da idade por causa do desenvolvimento musculoesquelético.
Como é o diagnóstico da síndrome de hipermobilidade?
O diagnóstico da síndrome de hipermobilidade é feito a partir da anamnese para verificar se há a recorrência de luxações, distensões e outros tipos de lesões, além do exame físico.
O médico realiza alguns testes para avaliar a capacidade de realizar movimentos articulares acima do limite normal esperado. Se os pacientes conseguirem dobrar os joelhos e cotovelos para trás; dobrar o dedo mínimo das mãos para trás em um ângulo maior que 90º; encostar o dedo polegar no antebraço ou colocar as palmas das mãos no chão em pé, sem dobrar os joelhos, pode ser constatada a condição.
Os exames laboratoriais e de imagem não são capazes de fornecer o diagnóstico.
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Opções de tratamento
O tratamento da síndrome de hipermobilidade é individualizado, levando em conta sempre as queixas e os sintomas apresentados por cada paciente. As dores podem ser controladas com analgésicos e práticas de exercícios orientados por um médico especialista na área.
Mesmo aqueles que não apresentam sintomas, mas são portadores da hipermobilidade articular, devem fazer exercícios de fortalecimento e condicionamento muscular orientados por um fisioterapeuta para prevenir lesões e corrigir a postura. Isso porque os ligamentos frouxos não executam corretamente sua função de manter a articulação no lugar. Desse modo, músculos mais firmes e fortes ao redor da articulação podem fazer essa função para deixá-la mais estável.
Como a síndrome da hipermobilidade é causada por fatores genéticos, não é possível prevenir seu surgimento, mas as complicações decorrentes dela podem ser evitadas com um diagnóstico precoce e orientações médicas para a realização de atividades que não sobrecarreguem as articulações com hipermobilidade.
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Fontes: