Distúrbios de circulação podem causar mudança na coloração nas extremidades do corpo, especialmente mãos e pés
Síndrome de Raynaud e fenômeno de Raynaud secundário são denominações para um problema que afeta a circulação sanguínea das extremidades do corpo, principalmente nas mãos e pés. Na síndrome de Raynaud e fenômeno de Raynaud secundário, a coloração da pele dos dedos das mãos e pés muda quando estas partes são expostas ao frio, ficando primeiramente pálidas, depois azuladas e avermelhadas, quando reaquecidas.
Quando os vasos sanguíneos são expostos a baixas temperaturas, eles sofrem uma constrição, ficando mais estreitos para conservar a temperatura do corpo. Este processo é chamado de vasoconstrição, mas no fenômeno de Raynaud, esta vasoconstrição é uma reação exagerada do organismo, o que diminui a quantidade de fluxo sanguíneo na região e acaba alterando a coloração da pele.
Situações como lavar a louça com água fria, entrar em um ambiente frio, pegar algum objeto congelado e até estresse emocional podem desencadear o distúrbio de circulação. Entenda mais sobre a condição a seguir.
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Diferença entre a síndrome de Raynaud e fenômeno de Raynaud secundário
Síndrome de Raynaud e fenômeno de Raynaud secundário são diferentes classificações desse fenômeno arterial periférico funcional. Ambas são reações exageradas do organismo à exposição ao frio ou situações de estresse que causam mudança de coloração nos dedos das mãos e dos pés, além de sensação de formigamento e dormência.
A diferença entre síndrome de Raynaud e fenômeno de Raynaud secundário é se existe ou não uma doença ou causa associada.
Síndrome de Raynaud
Quando o fenômeno de Raynaud é primário, ou seja, não tem associação com nenhuma outra doença ou causa que justifique essa reação, ele recebe o nome de síndrome de Raynaud. Em 85% dos casos, o fenômeno de Raynaud é primário e acomete mais pacientes do sexo feminino com idade entre 15 e 40 anos.
Fenômeno de Raynaud secundário
O fenômeno de Raynaud secundário é menos frequente, correspondendo a apenas 15% dos casos, e pode ser uma consequência ao uso de certos medicamentos, doenças vasculares e doenças reumáticas e autoimunes, tais como:
- Esclerose sistêmica;
- Lúpus eritematoso sistêmico;
- Artrite reumatoide;
- Dermatomiosite;
- Polimiosite;
- Síndrome de Sjögren;
- Síndrome do antifosfolípide.
Como diagnosticar os dois tipos de Raynaud
Ao falar de síndrome de Raynaud e fenômeno de Raynaud secundário, é primordial que seja feita uma investigação entre os dois tipos para verificar se há uma doença reumática associada. Desse modo, pode-se tratar a doença subjacente da forma mais adequada.
O reumatologista é o médico mais indicado para fazer o diagnóstico, ao analisar os sintomas e história clínica do paciente. A realização de alguns exames complementares pode descartar a existência de outra doença associada e diferenciar a síndrome de Raynaud e fenômeno de Raynaud secundário.
Um deles é o exame FAN (fator antinuclear), realizado por meio de uma amostra de sangue para verificar a presença de anticorpos que atacam as próprias células do organismo. Este teste é solicitado quando há suspeita de doenças autoimunes, como o lúpus e a esclerose sistêmica.
Outro exame útil para o diagnóstico do fenômeno de Raynaud é a capilaroscopia periungueal, que avalia a estrutura dos pequenos vasos sanguíneos abaixo das unhas por meio de um microscópio.
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Existe tratamento para a síndrome de Raynaud?
Como dissemos, quando for diagnosticado o fenômeno de Raynaud secundário, a doença base deve ser tratada da maneira mais adequada. Já os pacientes portadores da síndrome de Raynaud devem evitar os fatores desencadeantes, como situações de estresse e exposição ao frio, ao aquecer o corpo quando estiverem em baixas temperaturas com roupas apropriadas, como luvas, meias, toucas e calças.
Pacientes que sofrem com crises mais recorrentes podem utilizar medicamentos vasodilatadores ou bloqueadores de canal de cálcio para melhorar a circulação sanguínea, desde que orientado por um reumatologista.
Para saber mais sobre a síndrome de Raynaud e fenômeno de Raynaud secundário, entre em contato e agende sua consulta com o Dr. Marcelo Pavan.
Fontes: