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Sintomas da artrite enteropática

Imagem meramente ilustrativa (Banco de imagens: Shutterstock)
Por: Publicado em 27/10/2023

Patologia, que afeta as articulações, está relacionada às doenças inflamatórias intestinais, o que pode gerar diversos sintomas.

 Saiba quais são os mais comuns.

A artrite enteropática, também chamada de artropatia enteropática, é um tipo de artrite associada às doenças inflamatórias intestinais (DII). A artrite é uma condição crônica que causa sintomas como inchaço e dor nas articulações. Já as DII, que podem ser indiferenciadas ou classificadas como doença de Crohn ou retocolite ulcerativa, é a inflamação crônica de todo ou parte do trato digestivo.

Estima-se que a cada cinco pessoas com doença inflamatória intestinal, uma desenvolva a artrite enteropática.Há algumas doenças que se assemelham à artrite enteropática, mas são considerados diagnósticos diferentes, como doença de Whipple (condição rara causada por uma infecção bacteriana), doença celíaca, cirurgia de bypass intestinal ou por uma inflamação após infecção por bactérias como Salmonella ou Shigella.

Principais sintomas da artrite enteropática

Os principais sintomas da artrite enteropática afetam tanto o sistema gastrointestinal quanto as articulações.

No primeiro caso, podem surgir:

  • Dor abdominal;
  • Sangue nas fezes;
  • Catarro amarelado nas fezes;
  • Diarreia frequente;
  • Perda de peso sem motivo aparente.

Já os sintomas da artrite enteropática relacionados às articulações, geralmente, afetam os braços e as pernas e, não raro, a coluna. Em geral, os pacientes podem apresentar:

  • Dores no corpo, principalmente nos quadris, joelhos e tornozelos e também nas mãos;
  • Rigidez nas articulações acometidas, principalmente pela manhã;
  • Inchaço nas articulações;
  • Calor no local afetado;
  • Inflamação na coluna e na articulação sacro-ilíaca, localizada na parte posterior da bacia. A dor tende a piorar com o repouso e a aliviar com a movimentação. Geralmente, é acompanhada de uma rigidez matinal que dá a sensação de que a coluna está “travada”.

Como é feito o diagnóstico

Não existe um exame específico para diagnosticar a doença. Geralmente, o diagnóstico considera a presença dos sintomas da artrite enteropática, além de um exame físico e histórico de saúde pessoal e familiar.

Ao suspeitar da doença, o médico pode solicitar exames para confirmar um quadro de doença inflamatória intestinal e de artrite. Esses testes podem incluir:

  • Artrocentese: o exame é realizado mediante a retirada de uma amostra de líquido sinovial – que lubrifica as articulações;
  • Teste de cultura de bactérias nas fezes;
  • Biópsia de tecido do trato digestivo;
  • Exames de sangue que identificam inflamação, como velocidade de hemossedimentação ou proteína C reativa;
  • Exames de sangue para identificar a presença do marcador genético HLA-B27;
  • Colonoscopia;
  • Raio-X das articulações que se apresentam mais rígidas ou dolorosas;
  • Ressonância magnética para avaliar a presença de inflamação na coluna, nas articulações sacro-ilíacas ou em outras articulações acometidas.

Opções de tratamento para a artrite enteropática

Atualmente, não há cura para a doença, mas existem medicamentos e terapias que visam resolver os sintomas da artrite enteropática e parar a progressão da doença, evitando danos às articulações.

As estratégias de tratamento incluem:

  • Medicamentos chamados modificadores da doença (DMARDs), que podem alterar o sistema imunológico e impedir a evolução da artrite enteropática;
  • Medicamentos biológicos que são muito úteis para parar os sintomas da artrite enteropática;
  • Fisioterapia para melhorar a função, bem como prevenir danos articulares e deformidade;

Além disso, para reduzir os sintomas da artrite enteropática relacionados ao sistema gastrointestinal, mudanças no estilo de vida, particularmente na dieta, podem ser eficazes. Alguns dos medicamentos usados para a artrite também funcionam para os sintomas gastrointestinais.

O curso e a gravidade da artrite enteropática variam de pessoa para pessoa. Os “surtos” da doença, ou seja, quando ela está mais ativa e as articulações mais inflamadas, tendem a ser limitados, muitas vezes diminuindo após seis semanas. Porém, a recorrência dos sintomas da artrite enteropática é comum.

Com o tratamento ideal, indicado e acompanhado por um reumatologista, é possível preservar a qualidade de vida do paciente.

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Fontes:

Sociedade Brasileira de Reumatologia

Spondylitis Association of America

Cleveland Clinic

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